02 março 2023

Acidente: Motorista suspeito de atropelar e matar menino de 7 anos se apresenta à polícia, presta depoimento e é liberado

Akilla Kylan Frencelino dos Santos voltava da escola, quando correu para pegar um papel e foi atingido por veículo, em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

O motorista suspeito de atropelar e matar o menino Akilla Kylan Frencelino dos Santos, de 7 anos, na segunda (27), em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, se apresentou à delegacia nesta quarta (1º). Segundo a Polícia Civil, ele prestou esclarecimentos e foi liberado.

O atropelamento foi registrado por câmeras de segurança (veja vídeo abaixo). O fato aconteceu na rodovia PE-62, no bairro de Fleixeiras. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.

Segundo a mãe da criança, Akilla voltava da escola com a irmã, de 5 nos, correu para pegar um papel que tinha voado.
Por meio de nota, a polícia informou que o depoimento faz parte das diligências que estão sendo feitas para a elaboração do inquérito, que segue em andamento.

O motorista, que não teve o nome divulgado pela polícia, deve aguardar o encerramento das investigações em liberdade.

De acordo com informações repassadas à TV Globo, o homem, que chegou à delegacia com um advogado, disse no depoimento que ficou nervoso depois do acidente e teve medo de parar.

Também alegou que a criança passou na frente do veículo e não conseguiu frear a tempo de evitar a colisão.
Medo e tristeza

Desde a morte da criança, os moradores da cidade convivem com sentimentos que se alternam entre a tristeza e o medo. Isso porque eles sentem insegurança quando têm que passar pela PE-62, onde o acidente aconteceu (veja vídeo acima).

“Não é a primeira vez que acontece esse tipo de coisa aqui. Eu estou assustada. Porque é muita passagem de gente ali. Quem mora aqui, atravessa. E quem mora do outro lado, também”, diz a dona de casa Valtera Soares.
A aposentada Maria da Conceição de Moura diz que, às vezes, espera mais de meia hora para conseguir atravessar a via. Segundo ela, o horário mais complicado se dá no fim da tarde.

“É um sacrifício. Alguns carros param, outros não. A gente precisa de um sinal, quebra-mola, porque o movimento é grande e a gente não tem segurança”, afirma.

O Globocop sobrevoou a PE-62 nesta quarta e só encontrou um semáforo, perto do centro da cidade, em todo o trecho de 12 quilômetros da rodovia até Condado. Ao longo do percurso, não há nem radar de velocidade nem faixa de pedestre nem lombada na pista.

A gestora da escola onde Akilla estudava, Ivoneide Cristina da Silva, disse que vai solicitar às autoridades medidas que reforcem a segurança na travessia. A unidade fica a apenas 150 metros do local do acidente.

“Nosso objetivo é conversar com os vereadores e solicitar para que seja feito algum pedido ao governo estadual para que seja feita uma sinalização e os alunos possam atravessar [a rodovia] com segurança”, informa.

 
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