O mês de agosto é sinônimo de comemoração ao Dia dos Pais. Com isso, surge a reflexão da importância da função paterna na rotina dos filhos, sobretudo, no acompanhamento educacional. Embora seja uma tarefa, em sua maioria, atribuída às mães, a presença do pai é fundamental para o rendimento escolar das crianças e jovens, assim como deve ser na vida social. A participação do pai na vida escolar pode trazer para os filhos sentimentos como segurança, autoestima, autoconfiança, pontos que podem impulsionar o sucesso no ambiente pedagógico.
Para a psicóloga do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica, o SOEP do Colégio GGE, Fabiana Santos, por ser o pai uma referência de autoridade e amor para o filho, a palavra, o interesse e a postura do pai na vida escolar da criança tem grande relevância. “Quando o pai participa ativamente das vivências escolares, para a criança, é um momento único, pois ela é reconhecida em suas capacidades, pode apresentá-lo para os amigos e se sente amada por uma das pessoas mais importantes da sua vida”, explica.
Para Fabiana, é imprescindível que o Colégio promova encontros e eventos que contem com a participação dos pais. “Entre tantos projetos, temos o Plantão Pedagógico, que tem caráter de acompanhamento e aproxima ainda mais a família da escola. Os eventos também estimulam a participação de pais através de dinâmicas interativas em datas comemorativas, por exemplo. Criatividade e diversão são ingredientes que transformam simples ações em manifestações de carinho e parceria”.
Além disso, a participação do pai em eventos escolares, o reconhecimento do esforço do filho em atividades e, quando possível, as interações nessas dinâmicas são gestos bastante significativos para os pequenos. “Podemos comparar o trabalho para o adulto com o estudo para a criança. Quando um adulto trabalha com dedicação e vê que seus superiores reconhecem e validam seu empenho é gratificante e impulsionador para sua carreira. Trazendo para o universo infantil, a criança, dependendo da idade, ainda está construindo a ideia de realização, e faz muitas vezes para dar orgulho para seus pais. E, se esse olhar de reconhecimento não ocorre, a construção da autoestima e autoconfiança ficam comprometidas”, afirma.
A psicóloga esclarece que isso acontece porque, a priori, a criança se empenha nas atividades escolares para receber elogio e reconhecimento paternos e, à medida que se desenvolve, começa a entender seus méritos e evoluções, se dedicando também em busca de uma autorrealização. “A figura do pai tem sua relevância neste processo, pois legitima o esforço do filho, validando suas conquistas, apoiando e acreditando na superação das possíveis dificuldades que possam surgir no decorrer da vida da criança”.