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Com o fim das coligações, estabelecido pela Emenda Constitucional (EC) nº 97/2017, nas eleições municipais deste ano, cada partido terá que respeitar a cota de gênero e apresentar chapas compostas com o mínimo de 30% e o máximo de 70% de seus membros do sexo feminino. Em Goiana, cidade que tem mais da metade da população eleitoral formada pelo sexo feminino, a ideia de mulheres no comando do município ainda não é uma realidade. Atualmente, a cidade conta com apenas uma mulher na Câmara de Vereadores e, em toda a sua história, nunca teve uma prefeita como gestora.
Advogada e professora universitária, a goianense Danyelle Sena é filiada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e defende que há espaço para mudanças propositivas na cidade, especialmente no Poder Executivo municipal, e que o momento é de busca por mais expressão em todos os segmentos. “As eleições deste ano irão dizer muito sobre representatividade. É indiscutível a necessidade de fomentarmos a participação da mulher na política. Promover a igualdade também é exercer a democracia”, pontua.
Apesar de serem mais da metade da população brasileira, as mulheres ocupam atualmente apenas 15% das cadeiras do Congresso Nacional e 12% das prefeituras em todo o País. “Essa inclusão precisa ser vista como positiva por todos os gêneros, por todos aqueles que acreditam que uma sociedade mais justa se faz com respeito à pluralidade”, frisa Danyelle.
No âmbito nacional, pelo menos 38 mulheres já são pré-candidatas às prefeituras de 21 capitais brasileiras. O crescimento do número de pré-candidatas mulheres também decorre da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que destina 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mais conhecido como Fundo Eleitoral, ao financiamento de candidaturas femininas. “As mulheres têm muito a contribuir com suas cidades e com a gestão pública. Só precisamos quebrar esse preconceito, infelizmente ainda muito vivo na cabeça das pessoas” finaliza, Sena.
VIA Comunicação Digital