12 fevereiro 2020

Cultura: Jeep apoia ciclo carnavalesco pernambucano

Além do patrocínio do Galo da Madrugada e da realização de oficinas com o objetivo de dar condições para a manutenção das agremiações culturais da Zona da Mata Norte, a Jeep apoia o resgate das Pretinhas do Congo, que comemoram 90 anos em outubro

Prestes a completar cinco anos em terras pernambucanas, a Jeep reforça suas raízes e elege o carnaval como foco dos investimentos em cultura para 2020. Pelo segundo ano consecutivo, a marca estará presente no Galo da Madrugada no sábado de Carnaval. Com suas instalações industriais situadas no município de Goiana, a Jeep decidiu abraçar as tradições carnavalescas de grupos tradicionais baseados em municípios no entorno da fábrica. Assim, promove novamente oficinas de confecção de estandartes para agremiações e oficinas de gaita para tribos de índios e caboclinhos da região, além de promover o resgate histórico e a reestruturação das Pretinhas do Congo de Carne de Vaca. O grupo completa 90 anos em outubro próximo.

“Conhecemos bem a importância e o valor que o Carnaval tem para os pernambucanos, que realizam uma das festas mais diversas e culturalmente ricas do Brasil. Continuar apoiando as iniciativas populares pernambucanas tem um significado muito importante de respeito e valorização da cultura do local que nos recebeu muito bem”, afirma Fernão Silveira, Diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automóveis para a América Latina. A ideia é realizar uma exposição sobre a cultura popular da Zona da Mata Norte pernambucana na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte. “Vamos levar uma mostra da riqueza cultural do Estado e unir com a cultura mineira também popular”, diz.
“O projeto foi planejado para que a Cultura Popular da Mata Norte e em especial a de Goiana seja iluminada. Vai ser um mergulho na verdade de cada agremiação, quebrando os muros invisíveis para mostrar que os grupos de cultura popular precisam de atenção e de fomento para serem ouvidos e inseridos no dia a dia. Goiana é a Terra dos Caboclinhos porque a alma desta cidade está na cultura do seu povo, que continua fazendo essa história interessante e necessária”, destaca Osmar Barbalho, consultor cultural responsável pelo projeto.

A nova fase da Oficina de Confecção de Estandartes vai contemplar 14 agremiações de Goiana, Itapissuma, Aliança, Tracunhaém, Itambé, Itaquitinga, Condado e Buenos Aires. O objetivo é ensinar desde o corte, a criação do desenho, o bordado e o fechamento de cada estandarte. A oficina será ministrada por Manoelzinho Salustiano, um Mestre do Bordado e da confecção de Estandartes. Os participantes aprenderão a criar e a fazer um estandarte de acordo com as cores da Agremiação que terá uma durabilidade de no mínimo de quatro anos. No final da oficina será realizada uma exposição com todos os estandartes.
Principal instrumento nos Baques dos Caboclinhos e Tribos de Índios, a gaita é produzida de forma artesanal. A Oficina de Gaita vai contemplar duas turmas, sendo uma avançada, composta por participantes da primeira edição, e uma nova turma de iniciantes. Ao todo, cerca de 30 jovens que já brincam em Caboclinho ou Tribo de Índios serão contemplados na iniciativa.

Prestes a completar 90 anos de fundação, as Pretinhas do Congo de Carne de Vaca são uma expressão cultural de Goiana. O grupo foi criado em 1930 para mostrar à sociedade que havia uma comunidade negra em Goiana. Em 1935, Antônio Manoel dos Santos, conhecido por “Pirrixiu”, uma pessoa que gostava muito de Carnaval, assumiu a brincadeira. Depois de sua morte, sua filha, Maria do Carmo Monteiro, mais conhecida como Dona Carminha, passou a cuidar da brincadeira até 2014 quando faleceu. Hoje quem toma conta das Pretinhas do Congo de Carne de Vaca é sua filha, Iracema e sua neta, Rafaela. Ao longo do ano, será realizado um trabalho de resgate das memórias do grupo, com registro das músicas e letras, figurinos, coreografias e a organização jurídica e fiscal. “Com todas essas ações, queremos ajudar a dar condições para a manutenção dessas expressões tão ricas e importantes para a história dessa região”, finaliza Fernão Silveira.

 
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