Em Pernambuco, até o mês de abril, foram 5.354 acidentes com escorpião, 878 abelhas, 425 com serpentes e 119 para aranhas
O envenenamento provocado pela ação do veneno liberado por animais peçonhentos pode ocasionar manifestações diversas em cada vítima do acidente. O agravo faz parte da Lista de Notificação Compulsória, significando a necessidade de comunicação imediata, por parte das unidades de saúde, dos casos de acidentes aos serviços de vigilância e controle de zoonoses. A medida ajuda na elaboração de estratégias e ações de prevenção. Em Pernambuco, segundo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até o mês de abril foram 5.354 acidentes com escorpião, 878 com abelhas, 425 com serpentes e 119 para aranhas. Em todo ano de 2018, foram notificados 17.501 (escorpião), 2.621 (abelhas), 967 (serpentes) e 308 (aranhas).
Para abordar o perfil epidemiológico, as formas de diagnóstico e o tratamento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) reúne nesta segunda-feira (03.06), a partir das 9h, no bairro do Bongi, médicos e enfermeiros das urgências e emergências de hospitais, Unidade de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), atenção primária e regulação médica. O evento também será transmitido para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres).
“Promover a atualização dos profissionais de saúde é importante para proporcionar maior brevidade nos atendimentos das pessoas envolvidas em acidentes com animais peçonhentos. Em casos como esses, se o paciente não for tratado da forma correta, o quadro do paciente pode evoluir para óbito ou desencadear uma doença crônica. Este momento também é importante para divulgar e reafirmar quais são os serviços que atendem esses casos e o que fazer caso se depare com essas situações”, afirmou a gerente do Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox), Lucineide Porto.
No Estado, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) atua no auxílio aos profissionais de saúde do atendimento especializado e na orientação da população em casos de acidentes. O serviço funciona exclusivamente pelo telefone 0800.722.6001 que funciona 24 horas, todos os dias da semana, gratuitamente. Pernambuco também conta com unidades de saúde que são referência para o tratamento de acidente com animais peçonhentos (ver lista abaixo).
Os grupos com maior exposição a ataque ocasionado por escorpião são as crianças, idosos, trabalhadores da construção civil, donas de casa. Os entulhos armazenados nas residências e vias podem atrair os animais, assim como também a presença de baratas e outros insetos, que servirão de presas. Para os casos envolvendo serpentes, os mais propícios são os trabalhadores da Zona Rural.
“Acontecendo a picada do escorpião, o indicado é lavar a área com água e sabão e procurar uma unidade de saúde. O soro contra a picada é indicado apenas nos casos moderados e graves que podem acontecer em crianças de até 12 anos com risco de morte. Para os demais, a indicação é ir até a unidade de saúde mais próxima para tratar a dor local. Em caso de serpentes, o paciente deve buscar atendimento nas unidades de referência, que estão presentes em todas as Geres de Pernambuco. Uma observação importante é manter o local da picada em repouso e não fazer uso de qualquer medicação sem prescrição médica”, acrescentou a gerente do Ceatox.
Referências para Tratamento de Acidentes com Animais Peçonhentos em Pernambuco:
Hospital da Restauração – Recife (cobra e escorpião)
Hospital Jaboatão Prazeres - Jaboatão dos Guararapes (escorpião)
Hospital João Murilo - Vitória de Santo Antão (escorpião)
Hospital Belarmino Correia - Goiana (escorpião)
Hospital Mestre Vitalino – Caruaru (cobra e escorpião)
Hospital Regional Ruy de Barros Correia – Arcoverde (cobra e escorpião)
Hospital Professor Agamenon Magalhães - Serra Talhada (cobra e escorpião)
Hospital Regional Inácio de Sá – Salgueiro (cobra e escorpião)
Hospital Regional Fernando Bezerra – Ouricuri (cobra e escorpião)
Hospital Universitário – Petrolina (cobra e escorpião).