A partir do próximo sábado, dia 15, celebrando o “Dia Municipal do Caboclinho de Goiana”, o Sesc Ler Goiana inaugura a exposição “GOYANNA TERRA INDÍGENA – Exposição de Bandeiras e/ou Estandartes”. A Exposição revela marcas da parte indígena que formou a cidade de Goiana. Uma história que começa ainda no período colonial com festas e “brincadeiras” celebradas em momentos de pausa das obrigações e ocupações diárias com o povo incorporando ritmos, cantos e danças vibrantes.
“GOYANNA TERRA INDÍGENA” apresenta 15 estandartes e/ou bandeiras de agremiações de Goiana, Itaquitinga e Itambé e é o resultado de uma Oficina de Bordados ministrada por Manoelzinho Salustiano. A oficina faz parte do ciclo de atividades culturais apoiado pelo Polo Automotivo Jeep nos municípios próximos a fábrica. “A cultura popular é uma das fortes marcas da zona da mata norte pernambucana. Para a Jeep, é um orgulho fazer parte dessa comunidade e contribuir para a preservação e valorização dessa cultura”, destaca Fernando Elias, Coordenador de Projetos Sociais da FCA.
“A exposição mostra uma arte pouco conhecida e pouco valorizada: o bordado. E, desta forma, busca dar protagonismo a “bordadoras” e “bordadores” que possuem um talento singular e grandioso, que merece reconhecimento”, explica Osmar Barbalho, produtor cultural responsável pela exposição.
Alguns chamam “Bandeira”; outros chamam “Estandarte”. Mas as duas palavras significam a mesma coisa. Uma agremiação é identificada pela sua “Bandeira”, pelo seu “Estandarte”. Cada agremiação tem o seu estilo para expressar seus sentimentos e suas crenças.
“GOYANNA TERRA INDÍGENA” é uma imersão singela, telúrica e lírica na cultura e no imaginário da Pretinha do Congo, dos Caboclinhos, das Tribos de Índios e dos Maracatus de Baque Solto. A exposição vai provocar no público expressões estupefatas e de surpresa diante da exuberância cromática das lantejoulas em cada bordado. E basta lançar um olhar desprovido de ideias feitas para encontrar nessas peças, o que se espera da arte em geral: invenção e capacidade de recriar o mundo. Olhando para cada estandarte, a questão que se impõe é: não estaríamos diante do sublime, peças de arte simplesmente?
Participam da Exposição as seguintes agremiações: Pretinhas do Congo de Carne de Vaca, Caboclinho Canidé de Goiana, Pena Branca, Tupynambá, Potiguares, Cahetés, União 7 Flexas, Tupinaê, Índios Tabajaras, Índios Orubá, Índio Canindé Brasileiro de Itaquitinga, Índio Canindé da Cidade de Itambé, Índio Águia Negra, Maracatu Leão da Fortaleza e Maracatu Leão da Serra.
Manoelzinho Salustiano é Mestre Artesão de Bordados. Bordar para ele é uma vivência afetiva que transpõe a agulha e a linha. Aprendeu a bordar muito jovem se especializando na confecção de Estandartes. Em 2014, o Centro Cultural Correios do Recife exibiu a exposição “A arte de Manoelzinho Salustiano pede passagem” com mais trinta Estandartes bordados por ele.
O Projeto da “Oficina de Bordados” e da Exposição é de OSMAR BARBALHO | Consultoria Cultural.
SERVIÇO:
“GOYANNA TERRA INDÍGENA – Exposição de Bandeiras e/ou Estandarte" Resultado de uma Oficina de Bordados ministrado por Manoelzinho Salustiano.
Local: Sesc Ler Goiana
Abertura: no sábado dia 15 de dezembro – “Dia Municipal do Caboclinho de Goiana”.
Horário da abertura: a partir das 19h.
Visitação: de 16/12/2018 a 15/02/2018.