Unidade também fabricará açúcar a partir desta safra. A estratégia já elevou em 16% os postos de trabalho na fábrica. A moagem inicia esta quarta (23), com a presença confirmada do governador Paulo Câmara
A volta da chuva regular nos últimos meses, após cinco anos seguidas de seca, inclusive no início da atual safra de cana, deve amenizar parte da redução prevista da produção diante da alta mortandade da planta. O primeiro sinal dessa evolução deve ocorrer na quantidade de cana que será esmagada na usina Coaf/Cruangi, em Timbaúba. A previsão é de um incremento de 45% da moagem em comparação da safra anterior. A unidade, que é gerida por uma cooperativa de agricultores (Coaf), inicia a moagem na quarta-feira (23). O governador Paulo Câmara confirmou a participação no lançamento. No pátio fabril, haverá uma missa campal.
A Coaf prevê uma moagem de 500 mil toneladas de cana até janeiro de 2018. Esmagou 345 mil na safra anterior. O aumento está ligado a volta da chuva, mas também a ampliação do mix de produção na unidade. A usina também passará a fabricar açúcar, além de etanol. Estima-se a produção de 600 mil sacos de 50Kg, o que corresponderá a 300 mil toneladas de cana esmagadas. E ainda 20 milhões de litros de etanol. A cooperativa vai lançar no mercado o açúcar com a marca Água Azul.
Em função da arrojada estratégia, já resultou no acréscimo de 16% nos postos de trabalho no parque fabril. Houve 50 contratações adicionais, ampliando para 350 funcionários na usina, além dos 3,2 mil no campo, nos canaviais dos agricultores cooperativas nos municípios da Zona da Mata Norte do estado. Com a produção conjunta de açúcar e etanol, a moagem diária deve elevar de quatro mil toneladas de cana por dia para até seis mil, uma previsão de incremento produtivo diário de 50%.