Professor começou a plantar árvores em Aliança, no interior de Pernambuco, há mais de 50 anos e não parou mais.
Um professor começou a plantar árvores em Aliança, uma cidade do interior de Pernambuco, há mais de 50 anos, e não parou mais. É tanta árvore, mas tanta árvore, que seu João Florindo já perdeu a conta.
Em Aliança, Zona da Mata de Pernambuco, é só perguntar pelo professor Nino que todo mundo sabe quem é.
A missão dele está no nome: João Florindo. Num pequeno sitio, o professor Nino produz as mudas que planta diariamente.
“É bonito, é gostoso, você estar lidando com terra, lidando com planta, reproduzindo novas vidas”, disse. Nino.
Foi a tristeza ao ver a destruição das matas que deu início a uma saga de plantar mais e mais.
“Então eu comecei, andorinha sozinha não faz verão, mas eu continuei”, afirmou.
Plantou a árvore com flores amarelas em frente à Igreja Matriz, as palmeiras na entrada do cemitério, encheu de sombra dezenas de ruas. A praça arborizada também foi obra dele.
Professor de matemática, ele não sabe quantas árvores plantou. “No ano de 2009, nós plantamos 89 mil. De lá pra cá eu não parei mais”, diz.
Professor de matemática, ele não sabe quantas árvores plantou. “No ano de 2009, nós plantamos 89 mil. De lá pra cá eu não parei mais”, diz.
O professor continua pregando a mensagem de preservação na sala de aula. Ele é admirado por várias gerações.
Não foi fácil encher a cidade de árvores. O professor plantava num dia e tinha gente que arrancava e levava as mudas.
Foi assim inúmeras vezes. Mas ele não é de desistir. Arrancavam e ele voltava a plantar. Foi assim até mesmo na principal entrada da cidade.
A ideia era plantar uma fileira com 42 palmeiras imperiais.
“Eu plantava, quando eu voltava no outro dia estava o desfalque. Até que acabou o estoque da sementeira, mas eu tinha que plantar alguma coisa. Então a segunda opção foi o eucalipto”, contou.
Com o trabalho de formiguinha, durante quatro anos ele reflorestou a mata que margeia o rio Sirigi: “Depois que aquelas árvores cresceram, começou a aparecer os animais: capivara, cotias, camaleões e tantas outras espécies”.
Aos 67 anos, este brasileiro deixa um legado admirável e um desejo singelo. Sabem como ele quer ser conhecido?
“Vamos dizer assim que eu poderia ser conhecido como o plantador de árvores. É a razão da minha vida”.
G1
Aos 67 anos, este brasileiro deixa um legado admirável e um desejo singelo. Sabem como ele quer ser conhecido?
“Vamos dizer assim que eu poderia ser conhecido como o plantador de árvores. É a razão da minha vida”.
G1