A juíza Danierri Ferreira, da Comarca de Caaporã, determinou o arquivamento do inquérito policial que foi aberto em fevereiro de 2014 para apurar a denúncia de um suposto abuso sexual cometido em 2008 pelo padre Jaildo Souto, que na época coordenava a paróquia de Pitimbu, município do Litoral Sul da Paraíba.
A magistrada acatou o pedido do Ministério Público depois da investigação feita pela Polícia Civil do Litoral, que não detectou indícios de que o padre teria cometido o delito contra o adolescente, que hoje está com 23 anos. De acordo com delegado regional do Litoral Sul e responsável pela investigação, Aneílton Castro, a denúncia foi feita pela mãe da vítima confirmada pelo jovem, que teria mantido relação sexual com o padre.
Advogada Laura Almeida, que faz a defesa do sacerdote disse que “dois pontos foram fundamentais para o pedido de arquivamento do processo criminal: carta divulgada pela suposta vítima e a ausência de provas testemunhais e documentais, que incriminassem o padre. As provas apresentadas pela suposta vítima foram infundadas”, falou a advogada.
A partir de agora, o Tribunal Eclesiástico de Roma deverá decidir sobre o retorno das ordens ao padre, que foram suspensas assim que o caso ganhou dimensão na mídia. Caso isso aconteça, o sacerdote voltará a celebrar missas no estado.
Caso
Segundo depoimento prestado à polícia pelo jovem, na época do abuso ele tinha 15 anos e o padre oferecia presentes, dinheiro e convites para viagens em troca de favores sexuais. Ainda segundo a denúncia, os abusos aconteciam em motéis em cidades vizinhas à Pitimbu e na própria paróquia.
Ainda de acordo com o delegado, o jovem afirmou que o primeiro contato com o padre aconteceu pela internet. “Segundo depoimento, eles se conheceram através de um bate-papo. A partir desse contato começaram o relacionamento. O rapaz comentou que dirigia até o carro do padre em viagens para outras cidades”, relatou.
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