O caso aconteceu no último final de semana, na Praia de Barra de Catuama, no município de Goiana, Mata Norte. Carlos (nome fictício) tem uma casa de veraneio e curtia o sábado com a família, quando seu vizinho apareceu, desesperado, batendo à porta.
Acabara de ser assaltado por dois homens numa moto. Portavam uma espingarda calibre 12. Entraram na casa e fizeram o “rapa”: dinheiro, carteiras, celulares. Não houve violência física. “Mas ele se tremia todo”, diz Carlos, que resolveu ligar para o 190.
– Alô, 190?
– Sim…
– Tem dois caras de moto assaltando aqui em Catuama. Eles estão armados com uma “doze”… – Catuama? Você ligou para o 190 do Recife.
– Mas não posso pedir ajuda por aqui?
– Não. Você tem que ligar para a unidade da PM na área.
Carlos respirou fundo. Ainda tentava acalmar o vizinho. “Não é possível que a gente não possa pedir ajuda pelo número em que se deve pedir”, reclamou. Voltou à atendente do 190 Recife.
– Ok. Você tem o número da unidade da PM em Barra de Catuama?
– Não
Carlos respirou fundo. Ainda tentava acalmar o vizinho. “Não é possível que a gente não possa pedir ajuda pelo número em que se deve pedir”, reclamou. Voltou à atendente do 190 Recife.
– Ok. Você tem o número da unidade da PM em Barra de Catuama?
– Não
– Como não? E como eu vou pedir ajuda? Os caras estão por aí!
– Não temos, infelizmente.
Indignado, Carlos desligou o telefone. Não havia nada a ser feito. Estavam, ele, o vizinho, as respectivas famílias e todas as outras pessoas da praia, à mercê dos motoqueiros da 12.
Jornal do Commercio
Indignado, Carlos desligou o telefone. Não havia nada a ser feito. Estavam, ele, o vizinho, as respectivas famílias e todas as outras pessoas da praia, à mercê dos motoqueiros da 12.
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