No bojo das investigações envolvendo casos de corrupção no País, os Policiais Militares da Equipe Malhas da Lei da 3ª Companhia Independente de Goiana prenderam, na manhã desta quinta-feira (07), um ex-servidor da gestão do ex-prefeito de Goiana, Edval Félix Soares, por envolvimento no crime de peculato (crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda). Ivanildo Almeida da Silva foi detido em sua residência, no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, por volta das 07h30, sem apresentar resistência. O crime atribuído ao ex-funcionário público é curioso: responsável pela Divisão de Pessoal da administração goianense, ele utilizava o cargo de chefe para cooptar e incluir "laranjas", como funcionários "fantasmas", na folha de pagamento municipal. E não agia sozinho.
Na verdade, o esquema funcionava - segundo registram os autos do Tribuanl de Justiça da 1ª Vara da Comarca de Goiana - sob coordenação de Ladjane Félix Soares, sobrinha do ex-prefeito e, à época, diretora de Recursos Humanos da administração. Ladjane também foi alvo da operação.
Segundo os policiais militares que efetuaram o mandato na sua residência, ontem pela manhã, ela teria saído da cidade na tarde do dia anterior e é, atualmente, considerada foragida.
Múltiplos depósitos
Segundo testemunhas dos autos, as pessoas recrutadas para receber os pagamentos indevidos não pertenciam ao quadro de funcionários efetivos e comissionados da Prefeitura. Os múltiplos depósitos foram realizados no período de junho a setembro de 2001. Constata-se, também nos autos, que o ex-chefe de divisão de Pessoal elaborava a planilha de pagamento e encaminhava ao banco após aprovação de Ladjane, que segundo Ivanildo, era quem comandava as operações.
Em outro trecho dos autos, as investigações apontam que a dupla se valia de vários argumentos para depositar argumentos nas contas de "laranjas". Uma vez realizadas as transações financeiras cabia a Ivanildo recolher o dinheiro e repassar para Ladjane. Em interrogatório, realizado anteriormente pela Justiça, a sobrinha do ex-prefeito negou as acusações.
Prisão
O mandado de prisão contra os responsáveis foi expedido na última quarta, dia 6, e cumprido ontem (07). Os acusados foram condenados a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto, a serem cumpridos na penitenciária de Itamaracá, onde Ivanildo já se encontra, e na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife, onde Ladjane deve ser encaminhada, quando localizada.
O ex-prefeito não é citado nos autos. Mas por meio de um processo de auditoria especial, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) julgou irregulares as contas dessa época. A decisão foi tomada após análise da folha de pagamento, no período entre julho de 2001 e outubro de 2002. O mesmo tribunal chegou a determinar a restituição dos recursos desviados aos cofres públicos do município.
A ação atinge, diretamente a gestão do ex-prefeito e pode dificultar os seus planos de disputar mais uma vez o pleito municipal, uma vez que se somado a citação na lista de fichas sujas, com quatro processos no TCE-PE, o imbróglio pode inviabilizar sua candidatura à prefeitura do município nesta eleição.
O promotor público aposentado e ex-prefeito Edval Félix Soares informou ao Blog do Anderson Pereira que o processo foi consequência de uma sindicância, promovida por ele, apontando a irresponsabilidade dos servidores, sugerindo, inclusive, a quebra do sigilo bancário.
Com informações da Folha de Pernambuco
Na verdade, o esquema funcionava - segundo registram os autos do Tribuanl de Justiça da 1ª Vara da Comarca de Goiana - sob coordenação de Ladjane Félix Soares, sobrinha do ex-prefeito e, à época, diretora de Recursos Humanos da administração. Ladjane também foi alvo da operação.
Segundo os policiais militares que efetuaram o mandato na sua residência, ontem pela manhã, ela teria saído da cidade na tarde do dia anterior e é, atualmente, considerada foragida.
Múltiplos depósitos
Segundo testemunhas dos autos, as pessoas recrutadas para receber os pagamentos indevidos não pertenciam ao quadro de funcionários efetivos e comissionados da Prefeitura. Os múltiplos depósitos foram realizados no período de junho a setembro de 2001. Constata-se, também nos autos, que o ex-chefe de divisão de Pessoal elaborava a planilha de pagamento e encaminhava ao banco após aprovação de Ladjane, que segundo Ivanildo, era quem comandava as operações.
Em outro trecho dos autos, as investigações apontam que a dupla se valia de vários argumentos para depositar argumentos nas contas de "laranjas". Uma vez realizadas as transações financeiras cabia a Ivanildo recolher o dinheiro e repassar para Ladjane. Em interrogatório, realizado anteriormente pela Justiça, a sobrinha do ex-prefeito negou as acusações.
Prisão
O mandado de prisão contra os responsáveis foi expedido na última quarta, dia 6, e cumprido ontem (07). Os acusados foram condenados a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto, a serem cumpridos na penitenciária de Itamaracá, onde Ivanildo já se encontra, e na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife, onde Ladjane deve ser encaminhada, quando localizada.
O ex-prefeito não é citado nos autos. Mas por meio de um processo de auditoria especial, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) julgou irregulares as contas dessa época. A decisão foi tomada após análise da folha de pagamento, no período entre julho de 2001 e outubro de 2002. O mesmo tribunal chegou a determinar a restituição dos recursos desviados aos cofres públicos do município.
A ação atinge, diretamente a gestão do ex-prefeito e pode dificultar os seus planos de disputar mais uma vez o pleito municipal, uma vez que se somado a citação na lista de fichas sujas, com quatro processos no TCE-PE, o imbróglio pode inviabilizar sua candidatura à prefeitura do município nesta eleição.
O promotor público aposentado e ex-prefeito Edval Félix Soares informou ao Blog do Anderson Pereira que o processo foi consequência de uma sindicância, promovida por ele, apontando a irresponsabilidade dos servidores, sugerindo, inclusive, a quebra do sigilo bancário.
Com informações da Folha de Pernambuco