03 junho 2016

Cadê o dinheiro do Fundeb?: Professores municipais de Goiana fazem protesto sobre salários atrasados e melhores condições

Categoria reivindica pagamento de salários atrasados e melhores condições. Segundo presidente de sindicato, Prefeitura atrasa salários devido à crise.

Um grupo de professores do município de Goiana, na Mata Norte do Estado, protestou nesta quinta-feira (2) na sede da Secretaria de Administração do município para reivindicar o pagamento de salários atrasados. A Prefeitura alega não conseguir pagar os profissionais devido à crise econômica.

Segundo Manoel Messias Silva, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Goiana (Sinpromg), o município não reajustou o salário da categoria desde 2015. “Desde o ano passado que o nosso piso salário não foi reajustado. O pagamento do mês de abril foi dividido em duas parcelas, pagas nos dias 13 e 21 de maio. Desde então, não recebemos mais nada”, reclama.

A categoria também denuncia que o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) está sendo depositada na conta da Prefeitura, mas não está sendo repassada aos servidores.

Além do salário, alguns professores alegam que as condições estruturais das instituições de ensino municipais deixam a desejar. “A escola em que eu trabalho não tem quadro negro, que é mais do que básico. Chove mais dentro do que fora das salas de aula e o nosso transporte nos busca para trabalhar, mas não nos leva de volta para casa”, reclama a professora de ensino fundamental Ana Paula Borges.

“Nosso movimento é de resistência para mostrar que os professores precisam ter melhores condições de trabalho. Ficaremos aqui até a noite ou até sermos atendidos”, reivindica o presidente do Sinpromg. No local, os profissionais mantinham faixas, cartazes e camisas contendo reivindicações.

A categoria só terminou a ocupação no final da tarde, após o prefeito Fred Gadelha acionar a justiça para que os servidores públicos desocupassem o local, por intermédio de um oficial de justiça.

Segundo Manoel Silva, a Secretaria de Administração e a Prefeitura ainda não se pronunciaram sobre a ocupação. A Globo entrou em contato com a Prefeitura de Goiana, mas não obteve retorno.

Com informações do G1
 
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