18 abril 2016

VOTAÇÃO: Câmara aprova abertura de impeachment de Dilma e processo segue para o Senado

Deputado pernambucano deu o 342º voto pelo andamento do impedimento

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou neste domingo a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A votação ainda não terminou, mas já atingiu os 342 votos favoráveis necessários para dar continuidade ao processo de afastamento da presidenta.

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342º voto pelo andamento do impeachment, que agora será analisado pelo Senado Federal. Trinta e seis deputados ainda não votaram. O quórum no painel eletrônico do plenário da Câmara registra 511 parlamentares presentes na sessão. Até o placar que definiu a abertura do impeachment, 127 deputados votaram "não" e seis se abstiveram. Dois parlamentares não compareceram.
Confira o placar do impeachment em Pernambuco:

A favor
Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Mendonça Filho (DEM)
Pastor Eurico (PHS)
Danilo Cabral (PSB)
Anderson Ferreira (PR)
Bruno Araújo (PSDB)
André de Paula (PSD)
Tadeu Alencar (PSB)
Fernando Filho (PSB)
Kaio Maniçoba (PMDB)
Augusto Coutinho (Solidariedade)
Jorge Côrte Real (PTB)
Marinaldo Rosendo (PSB)
Betinho Gomes (PSDB)
Gonzaga Patriota (PSB)
Daniel Coelho (PSDB)
João Fernando Coutinho (PSB)
Eduardo da Fonte (PP)

Abstenção
Sebastião Oliveira (PR)

Contra
Luciana Santos (PcdoB)
Wolney Queiroz (PDT)
Zeca Cavalcanti (PTB)
Adalberto Cavalcanti (PTB)
Silvio Costa (PTdoB)
Ricardo Teobaldo (PTN)
A votação

A sessão de hoje foi aberta às 14h pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após manifestações do relator da Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), de líderes partidários e representantes da minoria e do governo, a votação começou por volta de 17h45.

Os deputados foram chamados a votar de acordo com ordem definida no regimento interno da Câmara, da região Norte para a Sul do país. O primeiro a votar foi o deputado Abel Galinha (DEM-RR), que disse “sim” ao impeachment.

A discussão do parecer sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma, que antecedeu a sessão de hoje, começou na última sexta-feira (15), durou mais de 43 horas ininterruptas e se tornou a mais longa da história da Câmara dos Deputados.

Histórico

Antes de chegar ao plenário, na Comissão Especial do Impeachment, o relatório de Arantes pela admissibilidade do processo foi aprovado com placar de 38 votos favoráveis e 27 contrários. O pedido de impeachment, assinado pelos juristas Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, foi recebido por Cunha em dezembro de 2015.

O pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais. Os autores do pedido também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidenta.

Collor

Na votação do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, estiveram presentes 480 dos 503 deputados que compunham a Câmara na época. O placar na ocasião foi de 441 votos favoráveis ao impeachment, 38 contrários. Houve 23 ausências e uma abstenção.
DiariodePernambuco
 
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