As peças serão lançadas nesta quinta-feira (07) e sexta-feira (08), em Recife e Goiana, respectivamente, e ressaltam as ações de prevenção e promoção da saúde.
Diante da epidemia do Vírus Zika em Pernambuco, o Grupo Curumim, organização não governamental feminista, lança nesta quinta-feira (07), Dia Mundial da Saúde, a campanha “Em tempos de Zika, proteção e cuidado começam por informar a mulher sobre seus Direitos Reprodutivos”, que coloca a mulher no centro deste contexto, informando-a sobre seus Direitos Reprodutivos. O principal alvo da campanha são mulheres em idade reprodutiva que vivem em comunidades com maior vulnerabilidade para as epidemias de arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika) no estado, especialmente na Região Metropolitana do Recife, e em Goiana, na Zona da Mata Norte do estado.
As peças trazem informações sobre direitos à saúde que devem ser conhecidos pelas mulheres, e a campanha foi desenvolvida em formatos que possibilitem rápida leitura e circulação na cidade, além das redes sociais da ONG, facilitando o acesso e compreensão. O lançamento das peças será feito no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), no bairro da Encruzilhada, e deve ter longa duração, através de um cronograma de ações nas comunidades, escolas e hospitais das cidades em destaque. O material envolve outbus, cartazes em tamanho A2 e A3 que serão fixados em locais de grande público, como escolas, centros comerciais e terminais de passageiros, e panfletos, que serão entregues nas ações. Além dessas peças, spots de rádio gravados pelas cantoras Isaar, Nádia Maia e Nega do Babado, serão veiculados nas rádios.
São destaque nas peças: o dever do Estado em garantir a saúde integral da mulher, a disponibilidade dos métodos anticoncepcionais nos serviços de saúde, a prioridade da gestante infectada no diagnóstico e informação sobre má-formações do feto, e as orientações para os casos de gravidez que coloque a saúde da mulher em risco.
Mulheres que tiveram seu bebê com alguma má-formação têm direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), e podem agendar atendimento através do número 135, e também procurar um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), para se informar sobre critérios do benefício e documentação necessária.
Para a coordenadora Paula Viana, a população está mergulhada em dúvidas e recebendo informações equivocadas, sem fundamentação científica. “As mulheres pobres estão mais expostas ao Zika, pois vivem em locais sem saneamento básico e água”, explica. “É preciso chegar perto dessas mulheres, ouvi-las e dar-lhes informações de qualidade neste momento crítico”, completa. A também coordenadora da ONG, Sueli Valongueiro, complementa: “Esta campanha é importantíssima, pois o impacto da infecção por Zika para a saúde reprodutiva de jovens e adolescentes tem consequências diretas no seu futuro e qualidade de vida”, finaliza.
Direitos Reprodutivos - No caso de gravidez que coloque a vida da mulher em risco, deve-se procurar, com urgência, o serviço de saúde. A interrupção da gravidez, neste caso, é permitida por lei, de acordo com o artigo 128 do Código Penal Brasileiro, decreto de lei 2848/40. Para autorização da interrupção de gravidez nos casos de má-formação fetal grave, a mulher ou o casal pode procurar o Juizado para obter um alvará judicial.
SERVIÇO: Lançamento da Campanha “Em tempos de Zika, proteção e cuidado começam por informar a mulher sobre seus Direitos Reprodutivos”
Recife
Data: quinta-feira (07/04)
Local: Auditório Albérico Câmara, 1º andar. Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM/UPE)
Endereço: Rua Visconde de Mamanguape, s/n - Encruzilhada
Hora: 7h30
Na ocasião, após apresentação da campanha, profissionais de saúde, residentes de medicina e enfermagem e professores do CISAM vão debater sobre o tema.
Goiana
Data: sexta-feira (08/04)
Local: Agência de Desenvolvimento de Goiana
Endereço: Rua 5 de Maio, 48 – Centro
Hora: 9h
A campanha será apresentada para profissionais de saúde, educação, conselheiros, lideranças comunitárias e estudantes da rede municipal de ensino.
Assessoria