Os trabalhos da CPI das Faculdades Irregulares, previstos para serem concluídos nesta semana, seguem até o fim de maio. O anúncio da prorrogação foi feito pelo presidente do colegiado, deputado Rodrigo Novaes (PSD), em reunião nesta quarta (27), quando seria ouvido o representante do Proex Nordeste Desenvolvimento Educacional, Darley Vasconcelos de Lima. Como o depoente não compareceu à reunião, Novaes solicitou a condução coercitiva do empresário para o próximo encontro, que acontecerá na próxima quarta (4).
Ao anunciar a decisão, o parlamentar alegou que a justificativa apresentada para a ausência de Lima não era satisfatória. Além desse depoente, o presidente da CPI convocou, para o próximo encontro do colegiado, o representante legal da Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras (Facel) – sediada no Paraná – e do Instituto Belchior, que oferece cursos em Pernambuco. Segundo denúncias de estudantes, o Instituto Belchior – já alertado pela CPI sobre a promoção de atividades irregulares – estaria formando alunos em cursos livres e prometendo a eles a entrega de diplomas de graduação disponibilizados pela Facel.
Esse é o caso da estudante Verônica Nascimento, aluna do instituto no polo de Goiana, na Mata Norte. “A formatura da minha turma no curso de Serviço Social está marcada para daqui a um mês. O Instituto Belchior nos informou que, neste período, eles conseguirão nossos diplomas junto a Facel”, testemunhou.
Por fim, Rodrigo Novaes informou que a CPI vem recebendo várias denúncias de que esquemas semelhantes ao investigado estariam sendo promovidos por instituições da área de pós graduação stricto sensu – mestrado e doutorado. “Vamos, neste momento, limitar as investigações desta Comissão às irregularidades no campo da graduação. No entanto, podemos criar, mais tarde, uma outra CPI para analisar estas novas denúncias”, concluiu.
Alepe