Fábrica prepara gestores e dá oportunidades ao primeiro emprego de muitos jovens da Zona da Mata Norte
Um ano depois de ter entrado em operação, o polo automotivo que abriga a fábrica da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, conta hoje com oito mil funcionários, incluindo os das prestadoras de serviço, e já produziu 84 mil veículos, entre o Jeep Renegade e o Fiat Toro, até a primeira quinzena de abril - média de 45 carros por hora. O maior legado, até agora, é a inserção de jovens no mercado, o chamado primeiro emprego, o que deixa a média de idade entre gestores e líderes na fábrica em 28 anos.
De acordo com estimativa da montadora, cada emprego gerado na planta gera outros quatro indiretamente no mercado local. “Conheço muita gente que conseguiu emprego na fábrica, e a maioria é jovem”, disse a atendente de lanchonete Francisca da Silva, de 38 anos. Segundo ela, a maioria das vagas abertas é para funções que recebem cerca de R$ 900 e, por isso, não se candidatou.
Com objetivo de melhorar a qualificação dos jovens da região, a FCA firmou compromisso com a Prefeitura de Igarassu, o Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE) e o Instituto Qualidade no Ensino (IQE) para implantar um modelo de ensino em tempo integral. O primeiro programa, o Qualiescola, já promoveu a capacitação de cerca de 220 gestores e professores, focando nos conteúdos de matemática e português. A meta é qualificar 700 profissionais da rede municipal de ensino.
Com objetivo de melhorar a qualificação dos jovens da região, a FCA firmou compromisso com a Prefeitura de Igarassu, o Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE) e o Instituto Qualidade no Ensino (IQE) para implantar um modelo de ensino em tempo integral. O primeiro programa, o Qualiescola, já promoveu a capacitação de cerca de 220 gestores e professores, focando nos conteúdos de matemática e português. A meta é qualificar 700 profissionais da rede municipal de ensino.
Nas ruas de Goiana, a alta na movimentação pode ser vista facilmente. A principal avenida, Marechal Deodoro da Fonseca, conta hoje com as calçadas sempre ocupadas e os meio-fios sem vagas para estacionamento durante o dia. “Antes, a cidade não tinha tanto movimento. Era fraco e acabava ao meio-dia, quando a Prefeitura fechava”, contou o comerciante Roberto Barbosa, 29. “Agora você vê a rua cheia de carro, porque as pessoas de outras cidades e das empresas que prestam serviços para a Fiat estão vindo aqui resolver pendências”, acrescentou o também comerciante João Bosco Fernandes, 47.
Dos 480 carros produzidos por dia, mais ou menos a metade é de Renegade. A montadora trabalha no desenvolvimento de um terceiro veículo, chamado internamente de Projeto 551, e guarda as informações a sete chaves por questão de estratégia. No entanto, há rumores que o novo carro será um SUV da marca Jeep, que irá competir no mercado com Hyundai ix35, Honda CR-V, Toyota RAV4. Ele deverá ser lançado no segundo semestre deste ano.
FolhaPE