Um grupo de 10 empresários do município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, reuniu-se na tarde desta quarta-feira (13) com o superintendente João Paulo Lima e os diretores Ricardo Barros (Fundos e Incentivos) e Eugenio Pacceli (Administração) em busca de apoio da Sudene para resolução de impasse entre a Jeep (montadora pertencente ao grupo FCA - Fiat Chrysler Automobiles) e a Sumont, empresa de prestação de serviços à construtora. Os comerciantes alegam que a Sumont não honrou os pagamentos desde junho do ano passado às empresas de Goiana por ela contratadas durante a construção do complexo automotivo.
Dono de uma empresa de medicina do trabalho envolvida no imbróglio, Luciano Alves explicou que a Sumont alegou dificuldades nos pagamentos pelo fato de não ter recebido os repasses de recursos da própria Jeep. “Como sabemos que há investimentos da Sudene no projeto, procuramos o superintendente João Paulo para uma intermediação junto à direção da Fiat para que ela, enquanto empresa solidária, assuma estes compromissos”, conta o empresário.
Ainda segundo Alves, a dívida soma entre R$ 3 e 4 milhões, prejudicando cerca de 30 empresas do município de Goiana. O empresariado planeja, ainda, mobilizar o poder municipal através de audiência pública junto à Câmara de Vereadores da cidade, para discutir o assunto.
O superintendente João Paulo Lima esteve atento às reivindicações dos comerciantes e comprometeu-se em apresentá-las à direção da Fiat. O líder da autarquia federal também vai procurar apoio do Governo de Pernambuco, através do Secretário de Desenvolvimento Thiago Norões, para buscar uma solução amigável ao impasse.
Sudene e Fiat
A Sudene foi responsável pela liberação do financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), de R$ 1,9 bilhão ao complexo industrial, cerca de 20% do total utilizado para erguer a planta do empreendimento. O financiamento da FCA é o segundo maior investimento já autorizado pelo FDNE, ficando atrás somente da Transnordestina. A planta da fábrica e o parque de fornecedores empregam, juntos, mais de 7,2 mil pessoas.
Fonte: Ascom Sudene