Em 2015, estado teve saldo de menos 89.561 vagas com carteira assinada. Setor de serviços teve queda de mais de 32 mil postos de trabalho.
Pernambuco foi o estado do Nordeste que mais reduziu vagas com carteira assinada ao longo de 2015, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (21) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As demissões superaram as contratações em 89.561 vagas formais. Em todo o mais, foram menos 1,54 milhões de empregos com carteira.
Ao longo do ano, 480.255 pessoas foram contratadas em Pernambuco e 569.816 foram demitidas, uma variação negativa de 6,43%. O fechamento de vagas aconteceu em meio à conclusão de grandes obras em Suape e também forte queda do nível de atividade da economia brasileira, com a economia em recessão e disparada da inflação nacional – que ficou em 10,67% em 2015, o maior patamar em 13 anos.
O setor com a maior queda no estado foi o de serviços, com menos 32.314 postos formais, seguido pela construção civil, com redução de 30.180 vagas. A indústria de transformação teve menos 18.393 empregos formais, enquanto o comércio teve redução de 9.806 postos de emprego com carteira. No ano de 2015, apenas a agropecuária teve expansão de vagas formais em Pernambuco, com mais 2.522 oportunidades com carteira assinada.
A Região Metropolitana do Recife puxa o decréscimo de vagas no estado. Em um ano, foram menos 76.128 empregos formais. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, a capital pernambucana apresentou o pior saldo de geração de emprego em dezembro, com 9.898 contratações e 14.388 demissões, um saldo negativo de 4.490 vagas formais. O segundo município foi Goiana, na Zona da Mata Norte, com redução de 2.420 postos formais em dezembro.
Ao longo do ano de 2014, Pernambuco havia registrado 626.279 contratações e 640.072 demissões, um saldo de menos 13.793 vagas com carteira assinada. Na ocasião, a queda havia sido puxada pelo setor de construção civil, com menos 25.076 postos de trabalho, e a indústria da transformação, com menos 3.473 vagas. O comércio havia criado 3.385 novas oportunidades com carteira assinada e o setor de serviços, 10.195 novas vagas.
G1