O presidente da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, prestou depoimento nesta quarta-feira na sede da Polícia Federal, no Recife, após condução coercitiva. Maciel é proprietário de apartamento no residencial conhecido como Torres Gêmeas, no centro do Recife, onde a PF recolheu dinheiro vivo que foi arremessado pela janela no momento em que policiais chegaram para cumprir mandato de busca e apreensão.
No apartamento, a polícia recolheu obras de arte de artistas renomados de Pernambuco e cerca de R$ 15 mil em dinheiro em um cofre. Ainda não é possível provar que o dinheiro no hall do prédio tenha sido jogado do apartamento de Maciel. "Ainda não contamos para não prejudicar a identificação das digitais. Há semelhança entre o pacote jogado com dinheiro e pacotes encontrados no apartamento", disse o superintendente regional da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro.
Maciel não foi preso, mas foi afastado do cargo assim como dois diretores da Hemobrás, o petista Mozart Sales e Jorge Batista Cavalcanti.
A Operação Pulso investiga crimes como fraude em licitação e desvio de recursos na Hemobrás. Hoje, foram cumpridos 28 mandatos de busca e apreensão e 29 oitivas de intimação. A Polícia estima pelo menos R$ 30 milhões de prejuízo aos cofres públicos.
Valor Econômico