Na mais nova operação de descoberta das malandragens do PT no poder, comandada pela operante e eficaz Polícia Federal, choveu dinheiro do céu, ontem, no Recife. Não sabia, entretanto, que o PT também operava milagres. Sabia que o partido carregava dinheiro roubado de nós, brasileiros, que pagamos impostos salgados com muito suor, debaixo da cueca.
Na oposição, que exerceu com muita competência, diga-se de passagem, o PT estufava o peito em nome da ética e da moralidade. Não roubar era a palavra de ordem. Inebriado pela inhaca do poder, o PT perdeu a virgindade no assalto aos cofres públicos. Começou com o mensalão, do capitão Dirceu. De lá para cá, o Brasil perdeu a conta dos escândalos instalados na era petista.
Se o caro leitor está assustado com a operação Lava Jato, que só da Petrobras a quadrilha desviou R$ 42 bilhões, o buraco da roubalheira é mais embaixo: uma CPI mista no Congresso investiga o desvio de R$ 25 bilhões de quatro fundos de pensão, que, juntos, movimentaram R$ 350 bilhões.
No BNDES, objeto de outra CPI, não existe uma estimativa do rombo para financiar projetos de governos autoritários no exterior, o que é ilegal. Mas fala-se que o valor seria seis vezes o que surrupiaram da Petrobras. O Ministério Público Federal pediu a prisão de mais de 60 suspeitos, a maioria do PT.
A Justiça Federal autorizou, ontem, a quebra dos sigilos bancário e fiscal da LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho. Os pedidos foram feitos pela Receita Federal e Ministério Público Federal que investigam o suposto envolvimento dos dois em esquema de compra de medidas provisórias editadas nos governos Lula e Dilma Rousseff no âmbito da Operação Zelotes.
A empresa de Luís Claudio recebeu R$ 2,5 milhões do escritório de consultoria Marcondes & Mautoni, o mesmo contratado por montadoras de veículos para fazer lobby pela edição das normas que estenderam benefícios fiscais que as beneficiaram. O esquema de compra de MPs e o pagamento ao filho de Lula foi revelado em série de reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Por falar em Lulinha, a família do ex-presidente Lula, por onde a lambança começou, teria um patrimônio de mais de R$ 700 milhões em imóveis, participações acionárias em empresas, além de investimentos em títulos públicos brasileiros e papéis do tesouro de países europeus, principalmente da França, em cujos bancos os Silva teriam três caixas de segurança para depósitos.
Exemplos de roubalheira não caberiam aqui na era petista. O Brasil precisa urgentemente se livrar desta quadrilha. Não foi para isso que o povo deu carta branca ao PT. Foi, pelo contrário, para construir um País decente, que pudéssemos nos orgulhar. Infelizmente, o PT no poder é a tradução da maior fraude da história republicana.
RASTREAMENTO – Levado, ontem, para prestar depoimento na Polícia Federal, o diretor da Hemobrás, Mozart Sales, foi afastado do cargo por suspeita de envolvimento com organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos. Segundo reportagem do Estadão, rastreamento na conta da mulher de Mozart, Jurema, indica, segundo a PF, que ela movimentou R$ 1,6 milhão em 2014 – quantia considerada atípica pelos investigadores, porque ela recebe vencimentos de R$ 8 mil.
Os padrinhos– Há oito anos no comando da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho, na fato ao lado, que segundo a Polícia Federal jogou dinheiro pela janela, ontem, na chegada dos agentes ao seu prédio, foi reconduzido ao cargo por indicação do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado. Já Mozart Sales, também flagrado na operação da PF, é apadrinhado do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Sondado, Humberto também avalizou Mozart.
Descontrole geral – O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, fez um desabafo, ontem, pelas redes sociais. “Dilma está afundando nossa economia, o desemprego está em alta, juros na estratosfera, dívida pública descontrolada e o Governo não faz nada para mudar o quadro. Quem sofre é a população, que a cada novo dia sente a perda do poder de compra do salário". Mendonça tem se revelado numa das principais vozes de oposição na defesa do afastamento da presidente.
Pena menor– O juiz Sérgio Moro corrigiu, ontem, a sentença do processo em que condenou o ex-deputado Pedro Corrêa. A mudança reduziu em quatro meses a pena, que agora é de 20 anos, três meses e dez dias de reclusão. A alteração foi feita após o Ministério Público Federal alertar o juiz de que ele havia errado o cálculo da pena relativa aos crimes de lavagem de dinheiro cometidos por Pedro Corrêa. “Aqui lamentável erro aritmético por lapso decorrente do excesso de trabalho”, reconheceu Sérgio Moro.
Fonte: BlogdoMagno