Segundo Nelson Leite, presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), o valor do megawatt/hora vai passar de pouco mais de R$ 30 para R$ 125.
As outorgas exigidas pelo governo no leilão de 29 hidrelétricas em operação, que garantiram R$ 17 bilhões aos cofres públicos, vão custar caro para os consumidores. As distribuidoras de energia devem pedir revisões tarifárias para compensar o maior custo pago às usinas. A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, durante evento da organização, para o qual o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi convidado, confirmou presença, disse que se atrasaria, mas ao qual acabou não comparecendo.
Segundo Leite, o valor do megawatt/hora vai passar de pouco mais de R$ 30 para R$ 125. “As empresas que farão a revisão anual daqui para a frente devem incluir esse custo a mais nos pedidos de reajuste. Agora, aquelas cujas datas estão distantes talvez não consigam suportar o desequilíbrio por tanto tempo e podem solicitar uma revisão tarifária extraordinária (RTE)”, explicou.
Esse é o caso da Light, distribuidora do Rio de Janeiro. O presidente da companhia, Paulo Roberto Pinho, disse que ainda precisa analisar a elevação dos custos. “Vamos trabalhar um ano ainda até a revisão normal. Se for necessário, vamos recorrer à RTE”, afirmou. Leite destacou que não é possível saber de quanto será o aumento nas tarifas. “Isso depende dos contratos de cada distribuidora”, explicou. Ele ressaltou, porém, que serão mais afetadas as companhias com contratos com as maiores hidrelétricas, Ilha Solteira e Jupiá.
DiariodePernambuco