18 setembro 2015

Insegurança: Cresce violência nas áreas litorâneas e veranistas ficam mais expostos

Os dias de sol chegaram e, com isso, a movimentação nas casas de veraneio sofre um aumento considerável. No entanto os dias de lazer podem se transformar em momentos de terror, como o que aconteceu no último fim de semana com uma família na Praia de Serrambi, no município de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Alvo de arrombamentos no inverno, por causa do pequeno fluxo, as casas de praia passam a ser locais propensos a assaltos.

Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco apontam que, entre os meses de janeiro e agosto deste ano, o número de crimes violentos contra o patrimônio (CVPs) cresceu nas cidades litorâneas. É o caso de Ipojuca e Tamandaré, no Litoral Sul do Estado, e Goiana, no Litoral Norte.

Veranistas assaltados em Serrambi

Em Ipojuca, onde ficam praias como Serrambi, Porto de Galinhas e Maracaípe, os CVPs - que englobam todo tipo de roubo (transeunte, veículos, residências etc) e extorsão mediante sequestro - passaram de 418 para 504. Já em Tamandaré, o crescimento foi de 98 para 112. Em Goiana, onde estão praias movimentadas como Pontas de Pedras e Carne de Vaca, o índice subiu de 323 para 380.

Itamaracá, no Litoral Norte do Estado, foi uma das poucas cidades onde o número de CVP nos primeiros meses do ano diminuiu, passando de 96 para 55 até agosto. Para o titular da Delegacia de Itamaracá, Evaristo Ferreira Neto, os criminosos evitam atacar pessoas e preferem o arrombamento de casas desocupadas, mas não descarta que esse tipo de crime possa sofrer aumento com a maior movimentação dos veranistas.

"Na Ilha, é muito mais comum haver arrombamento das residências do que assalto, mas em outras cidades esse tipo de delito tem se tornado comum. É importante que todos estejam atentos para não dar chance a qualquer tipo de violência”, pontuou o delegado Evaristo Ferreira.

Proprietária de uma casa em Serrambi há 12 anos, Graça Figueira, 66 anos, diz que nunca foi vítima de assaltos ou teve seu imóvel invadido, mas relaciona isso ao fato de não dar “chance ao azar”. Para se proteger, ela colocou grades nas portas e janelas e paga um segurança particular por mês. “A única coisa importante que tem na minha casa sou eu. Uma televisão ou algum outro bem material não se compara às nossas vidas. Mas, mesmo assim, não fico à toa pelo terreno da casa, facilitando”.

Ainda segundo ela, outra tática para se proteger de possíveis atos de violência é não ir sozinha para a casa de praia. “Nunca aconteceu nada de mau no condomínio onde tenho casa e espero que continue assim, mas sei que já houve casos nas redondezas. A verdade é que nunca estamos totalmente seguros”.

NE10
 
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