Queima da palha da cana traz riscos para a saúde
Conviver com a fuligem da cana faz parte da rotina dos moradores de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, nesse período. O resíduo liberado na queima da cana-de-açúcar - necessária para facilitar o corte manual da planta - forra os quintais, garagens, varandas e em algumas casas, normalmente de telhas, em todos os cômodos. A cada ano, mais goianenses procuram as Unidades Básicas de Saúde e Hospitais com problemas respiratórios, tosse, olhos lacrimejando e alergias. Especialistas e a própria população credenciam o fenômeno à queima da palha da cana, transformando a morada das pessoas em verdadeiros depósitos de fuligens.
Em relatos, as reclamações da população e a procura por médicos tem aumentado no início do segundo semestre. As queixas são de tosse seca, olhos ardendo e lacrimejando, doenças crônicas - como alergia e asma - agravadas, nariz sangrando e problemas respiratórios.
A analista de produção Rosário Ribeiro da Silva, de 35 anos, que está atualmente trabalhando no Polo Automotivo da Jeep e morando em Goiana, afirmou que ela e sua família não sofriam com problemas respiratórios, como também não existia fuligem e nem fumaça proporcionadas pela queima da cana-de-açúcar onde morava. "Hoje gasto um absurdo com remédios e médicos para tratar de alergias, tosse e olhos ardendo dos meus filhos", relatou. Rosário revelou que sempre varre uma grande quantidade de cinzas da sua residência no início do dia, porém quando chega à noite tem que refazer a tarefa, pois a fuligem já tomou conta da sua casa.
"Meus filhos de 03 e 08 anos sofrem muito. Quando começa essa queimada temos que correr para o médico e gastar com remédios alérgicos. Os olhos ficam bastante irritados. As crianças ficam cansadas, com falta de ar, e sou obrigada a correr para o Hospital Belarmino Côrreia para fazer nebulização. Não aguento mais passar por esse inferno", criticou.
Algumas explicações dos médicos especialistas
De acordo com médicos, o primeiro problema com a queima da cana-de-açúcar são as partículas (fuligem) que servem de veículos para germes e fungos. Associado ao ar seco, que tem uma grande quantidade de germes, essas situações aumentam o número de infecções respiratórias, do nariz até o pulmão. O segundo caso são as pessoas com doença respiratória crônicas, com rinite alérgica, faringite alérgica e asma. Essa parcela da população briga naturalmente com alterações do ar e nessa época de tempo seco e com as queimadas as crises aumentam, como também a possibilidade de infecções coadjuvantes. O terceiro problema é a possibilidade, se a situação for frequente, do desenvolvimento de doenças relacionado especificamente ao agente agressor. O constante contato com a fuligem e a fumaça podem potencializar o surgimento de doenças respiratórias crônicas.
Para amenizar
• Manter o ambiente ventilado;
• Limpar a casa com pano molhado;
• Manter a alimentação e hidratação;
• Inalação.
Conviver com a fuligem da cana faz parte da rotina dos moradores de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, nesse período. O resíduo liberado na queima da cana-de-açúcar - necessária para facilitar o corte manual da planta - forra os quintais, garagens, varandas e em algumas casas, normalmente de telhas, em todos os cômodos. A cada ano, mais goianenses procuram as Unidades Básicas de Saúde e Hospitais com problemas respiratórios, tosse, olhos lacrimejando e alergias. Especialistas e a própria população credenciam o fenômeno à queima da palha da cana, transformando a morada das pessoas em verdadeiros depósitos de fuligens.
Em relatos, as reclamações da população e a procura por médicos tem aumentado no início do segundo semestre. As queixas são de tosse seca, olhos ardendo e lacrimejando, doenças crônicas - como alergia e asma - agravadas, nariz sangrando e problemas respiratórios.
A analista de produção Rosário Ribeiro da Silva, de 35 anos, que está atualmente trabalhando no Polo Automotivo da Jeep e morando em Goiana, afirmou que ela e sua família não sofriam com problemas respiratórios, como também não existia fuligem e nem fumaça proporcionadas pela queima da cana-de-açúcar onde morava. "Hoje gasto um absurdo com remédios e médicos para tratar de alergias, tosse e olhos ardendo dos meus filhos", relatou. Rosário revelou que sempre varre uma grande quantidade de cinzas da sua residência no início do dia, porém quando chega à noite tem que refazer a tarefa, pois a fuligem já tomou conta da sua casa.
"Meus filhos de 03 e 08 anos sofrem muito. Quando começa essa queimada temos que correr para o médico e gastar com remédios alérgicos. Os olhos ficam bastante irritados. As crianças ficam cansadas, com falta de ar, e sou obrigada a correr para o Hospital Belarmino Côrreia para fazer nebulização. Não aguento mais passar por esse inferno", criticou.
Algumas explicações dos médicos especialistas
De acordo com médicos, o primeiro problema com a queima da cana-de-açúcar são as partículas (fuligem) que servem de veículos para germes e fungos. Associado ao ar seco, que tem uma grande quantidade de germes, essas situações aumentam o número de infecções respiratórias, do nariz até o pulmão. O segundo caso são as pessoas com doença respiratória crônicas, com rinite alérgica, faringite alérgica e asma. Essa parcela da população briga naturalmente com alterações do ar e nessa época de tempo seco e com as queimadas as crises aumentam, como também a possibilidade de infecções coadjuvantes. O terceiro problema é a possibilidade, se a situação for frequente, do desenvolvimento de doenças relacionado especificamente ao agente agressor. O constante contato com a fuligem e a fumaça podem potencializar o surgimento de doenças respiratórias crônicas.
Para amenizar
• Manter o ambiente ventilado;
• Limpar a casa com pano molhado;
• Manter a alimentação e hidratação;
• Inalação.