“Eita, me lasquei. Vocês encontraram”. Foi a reação, com palavras literais, do servente de pedreiro Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, ao finalmente conseguir mostrar aos policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) onde tinha deixado o corpo de sua enteada Maria Alice Seabra, de 19 anos, após mais de cinco horas de buscas. Eram 15h desta quarta-feira (24/6) quando a viatura da Polícia Civil que o conduzia, na companhia da delegada Gleide Ângelo, entrou em um canavial do Engenho Burro Velho, km 28, às margens da BR-101, no município de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife.
Gildo confessou ter abandonado o corpo da garota na noite da última sexta-feira (19), para depois seguir de carro para o Estado do Ceará. Não explicou o que fez com ela, nem os motivos para ter assassinado aquela que ele chamava de filha, e que criava desde os quatro anos. Gildo era casado com Maria José Arruda, de 46 anos, mãe de Alice, há 15 anos. A história pode começar a ser esclarecida a partir desta quinta-feira (25/6), quando a delegada tomará o primeiro depoimento oficial de Gildo, na própria sede do DHPP. Às 14h, a Polícia Civil fala sobre o caso, em coletiva à imprensa.
O corpo da jovem foi encontrada vestindo uma bermuda amarela e uma camisa vermelha que pertenciam ao padrasto e assassino confesso Gildo Xavier, 34, preso na noite dessa terça-feira. Alice foi encontrada sem a mão esquerda. A Polícia Civil trabalha com duas possibilidades. A mão teria sido decepada pelo autor do crime ou sido alvo de algum animal.
Alice também foi encontrada com uma blusa branca em cima do rosto. A jovem saiu de casa, na Estância, no Recife, para uma suposta entrevista de emprego no bairro da Ilha do Leite, acompanhada do padrasto, que era casado com a mãe de Alice há 15 anos.
Fontes: JCOnline/DiariodePernambuco