07 junho 2015

Economia: Fábrica da Novartis em stand by

Apesar de a unidade já estar em fase final de construção, em Jaboatão, o grupo ainda não decidiu o que será produzido no local. Expectativa era de que, cm o início da operação, em 2016, fossem gerados 120 empregos diretos na fábrica

O projeto da Novartis em Pernambuco está em stand by. Entrou na fila de espera e não tem previsão de avanço. As obras físicas da unidade que está sendo construída em Jaboatão dos Guararapes entraram na fase de finalização, mas o grupo ainda não sabe o que será produzido no local. A indefinição gerou, inclusive, a suspensão das encomendas dos blocos que irão compor o projeto, realizada junto a uma empresa dos Estados Unidos. A previsão era de que esses produtos chegassem ao estado em agosto do ano passado.

A dúvida sobre o que será produzido no local vem acontecendo desde o ano passado, quando a divisão de Vacinas da Novartis foi adquirida pela britânica GlaxoSmithKline (GSK). A falta de clareza fez, inclusive, surgir boatos de que a empresa estaria em busca de um comprador para o terreno. Esta informação é negada pela multinacional.

“O projeto da planta de biotecnologia da Novartis em Pernambuco foi inicialmente estruturado para produzir proteínas recombinantes para a vacina contra meningite B. Com a aquisição, alguns investimentos e atividades na fábrica foram colocados em espera, o que não significa que o projeto venha a ser interrompido, mas permitirá o correto ajuste na configuração da planta quando tivermos mais clareza do seu direcionamento dentro dos próximos meses”, diz comunicado enviado ontem pela assessoria de imprensa da Novartis.

Segundo o texto, a reestruturação não interfere na continuidade da construção civil da planta, que permaneceu sob tutela da Novartis, ainda que com eventuais ajustes. Esta etapa já está sendo finalizada. Inicialmente, o projeto foi orçado em R$ 1 bilhão, sendo R$ 800 mil oriundos de um financiamento do BNDES. A ideia era que no local fosse produzida a vacina contra a meningite B. Pelo cronograma inicial, a produção teria início em 2016.
O local de construção do empreendimento também mudou. A princípio, a unidade seria a âncora do Polo Farmacoquímico pernambucano, que está sendo construído em Goiana, Zona da Mata Norte estadual, onde foi lançada a pedra fundamental do projeto. Porém, após análises, a empresa suíça considerou que o solo e a distância dos polos de exportação do produto (portos e aeroporto) não eram ideais para o projeto.

O empreendimento foi então transferido para Jaboatão dos Guararapes e ampliado. O lote inicial tinha uma área de quatro hectares. No ano passado, o grupo adquiriu um terreno vizinho de 13 hectares. A expectativa era de que, com o início da operação, fossem gerados 120 empregos diretos.

DiariodePernambuco
 
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