Uma das atividades chegou a contar com a presença da Banda Musical Curica, Patrimônio Vivo de Pernambuco com 167 anos de história
Duas ações educativas sobre a importância dos patrimônios culturais de Pernambuco aconteceram no município de Goiana, Zona da Mata do estado, nestas últimas quarta (06/05) e quinta-feira (07/05). Trata-se dos ‘Jogos Patrimoniais 2.0’ e do ‘Diálogos Patrimoniais’, atividades voltadas para alunos e professores alunos da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Augusto Gondim. Uma delas chegou a contar com a presença ilustre de integrantes da Banda Musical Curica, grupo detentor do título de Patrimônio Vivo de Pernambuco e com 167 anos de história.
Nos dois dias de atividades foram explicados aos participantes os detalhes sobre a importância dos mestres da cultura, no sentido da manutenção deste segmento no estado. Outro ponto levantado durante as conversas foi o Concurso do Patrimônio Vivo, que em 2014 completou dez edições e reconhece ao ano três mestres dos saberes da cultura pernambucana.
De acordo com Mário Gouveia, historiador da Diretoria de Patrimônios da FUNDARPE, “o objetivo desta ação é apresentar aos os jovens o universo dos patrimônios numa roupagem lúdica. A ideia também é aproximá-los, numa proposta de participação colaborativa, de que os fazedores de cultura são pessoas simples como todos nós”.
Um exemplo de Patrimônio Vivo de Pernambuco, a Banda Musical Curica faz parte atualmente da Sociedade Musical Curica, responsável pela gestão da banda e da Escola de Música Professor José Conrado de Souza Nunes, criada há 67 anos em homenagem ao fundador do grupo.
Edilson Silva, presidente da Sociedade Musical Curica, relembrou memórias de quando estudou na escola estadual Augusto Gondim. “É um prazer voltar aqui porque estudei vários anos neste local e ele tem uma contribuição muito grande na minha formação”, disse emocionado. “Considero que a Curica vive dois momentos históricos. O antes e o depois de nos tornarmos patrimônios vivos. Hoje podemos organizar nossas ações a longo prazo, para garantir que conquistemos outros 167 anos”.
Para Cristina Silva, também representante da Sociedade Musical Curica, “se a gente não ensinar os jovens a conhecerem nossa cultura, não teremos êxito na manutenção dela, porque a gente só defende o que se conhece bem. Hoje a banda tem 50 membros e muito disso se deve ao fato de termos uma escola ativa. Não existe preservação do patrimônio cultural sem a difusão do conhecimento”, defendeu, para em seguida convidar aos alunos a participarem das aulas de música na escola da Curica.
“Achei muito legal essa conversa, porque sempre quis aprender mais sobre música. Já conhecia a Curica, mas não sabia que eles davam aulas. Vou procurar me informar melhor”, disse Luiz Felipe, de 15 anos, aluno do 1º ano do Ensino Médio. Quem também elogiou as atividades foi a diretora da escola, Françoise Cunha. “A gente se sente muito honrado com essa atividade. É um momento rico porque é um processo de fomento ao conhecimento”.
Assessoria