06 maio 2015

Goiana: Moradores da Nova Goiana protestam contra afastamento de enfermeira em UBS


Moradores do bairro da Nova Goiana, no município Goiana, protestaram na manhã da última segunda-feira (4) contra o afastamento de uma profissional da Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade. Segundo os populares, a enfermeira chefe Ana Delfina atuava há cerca de 05 anos na comunidade, prestando um exímio trabalho à população e teria sido demitida sem motivo aparente.

Funcionários da Unidade e moradores alegaram que Ana Delfina teria assinado a renovação do contrato de trabalho por mais seis meses na última quarta-feira (29), contudo, no dia seguinte, na quinta-feira (30), a enfermeira foi surpreendida com a demissão. O que também chamou a atenção da enfermeira é que no mesmo contrato de rescisão do contrato existia a assinatura do ex-secretário de Saúde, Bruno Lisboa.

"Ana é uma excelente enfermeira, nos atende bem há muitos anos e do nada foi afastada do cargo. Queremos ela de volta. A Prefeitura parece que não respeita a vontade da gente. Fizemos todo o nosso pré-natal com ela e não queremos outra pessoa pra cuidar de nós. Se fosse alguma baba-ovo do governo ou se interessasse apenas pelo dinheiro, sem amar o que faz, com certeza não teria sido demitida. Essa demissão deve ser perseguição, pois ela nunca teve problema aqui", criticou uma das gestantes que aguardavam atendimento.

O secretário de Saúde Rosano Carvalho falou ao Blog do Anderson Pereira que a profissional havia sido exonerada por conta do choque de horários em outra unidade de saúde, no Hospital Belarmino Côrreia. Ele também alegou que a renovação do contrato, bem como a assinatura do ex-secretário, teria sido um erro administrativo, descartando perseguição política à funcionária.

O enfermeiro e Gerente de Território da Secretaria de Saúde, Ricardo Barbosa, montou uma comissão de moradores para conversar pessoalmente com o secretário de saúde e solicitar o retorno da enfermeira Ana Delfino. A reunião ficou marcada para a próxima sexta-feira (8).

Ainda na manhã da segunda-feira (4), outra enfermeira assumiu o cargo na Unidade e iniciou o atendimento a população. A grande maioria, incluindo algumas grávidas, se negaram a serem atendidas pela profissional, como forma de protesto.
 
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