21 abril 2015

Ainda sem capacidade: Chesf pode fornecer energia para a fábrica da Jeep em Goiana

Capacidade de Goianinha será elevada para 70 MW para atender demanda

A subestação de Goianinha, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), pode ser a solução para o fornecimento de energia elétrica do polo automotivo de Goiana, na Zona da Mata Norte. A unidade fabril da Jeep será inaugurada no próximo dia 28, mas a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec) não conseguiu licitar a empresa ou consórcio responsável pela implantação da linha de transmissão de 230 Kilovolt (kV) necessária para alimentar o empreendimento. A última concorrência foi declarada fracassada. Por isso, empresas do setor elétrico, Governo do Estado e a Fiat Chrysler Automobilies (FCA) se articulam com o objetivo de resolver o impasse. A opção, resultado de uma reunião preliminar, seria ampliar a capacidade instalada daquela subestação dos atuais 20 megawatts (MW) para 70 MW.

De acordo com o assessor de Superintendência de Projetos e Construção de Transmissão da Chesf, Paulo Castro, para suportar essa capacidade será preciso algumas intervenções. "Vamos fazer isso através da substituição de equipamentos na subestação para tentar aumentar a capacidade. A Celpe, inclusive, fará melhorias nas linhas de distribuição", adiantou. Atualmente, a planta é alimentada por uma linha de distribuição de 69 kV.

Segundo Castro, quando as empresas baterem o martelo, a manobra para atender à FCA pode levar oito meses. "Temos uma folga para fazer isso porque a fábrica não está operando na sua capacidade plena ainda. Essa foi a maneira que encontramos para não comprometer a produção por falta de energia enquanto a licitação é resolvida", ressaltou. A previsão é de que a Jeep entre em plena operação já neste segundo semestre, quando será demandando 80 MW.

Em paralelo a isso, a Chesf continua no processo de implantação de duas entradas de linha (pontos de conexão) na subestação de Pau Ferro para receber a linha de transmissão de 230 kV, desde janeiro com conclusão prevista para outubro próximo, sob o custo de aproximadamente R$ 6 milhões.

Sem revelar detalhes de quando a nova licitação será relançada, a SDEC informou que a equipe técnica "está trabalhando na elaboração do novo edital".

FolhaPE
 
-
-
Todos os direitos reservados à Anderson Pereira. Obtenha prévia autorização para republicação.
-