31 março 2015

Protesto: Servidores dos Correios paralisam atividades por 24 horas em Goiana

Como forma de protesto, os servidores dos Correios de Goiana, município da Mata Norte de Pernambuco, paralisaram as atividades por 24 horas, nesta segunda-feira (30). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINTECT-PE), na pauta do protesto estão temas nacionais e municipais. Assédio moral, sobrecarga de trabalho, condições precárias no ambiente de trabalho, insegurança, terceirização de serviço, contratação dos concursados, privatização, falência da previdência e ausência de política pública municipal para regularização dos endereçamentos da população são alguns dos problemas denunciados pelos funcionários.

Em carta aberta à população, o SINTECT-PE explicou o motivo da paralisação dos servidores federais em Goiana, "A cidade tem se tornado um centro industrial de grande importância para o estado de Pernambuco. A vinda da montadora FIAT trouxe, também, várias outras empresas satélites que produzem peças e prestam serviços a montadora. Num contexto de aumento populacional desenfreado, as atividades postais na cidade cresceram proporcionalmente. Há de salientar que os trabalhadores dos Correios de Goiana, antes desse crescimento, já trabalhavam com uma enorme sobrecarga de trabalho e uma cobrança por qualidade na entrega, tanto por parte da empresa quanto dos clientes, que de fato, estão no seu direito de exigir boa qualidade, já que os Correios exercem o monopólio postal e é dever da empresa atender a população com entregas e atendimento em tempo hábil. Os trabalhadores dos Correios estão sendo pressionados ao trabalho com qualidade, sem ao menos a empresa proporcionar condições para isso. As áreas de entrega estão além das condições humanas, são grandes áreas com um volume de objetos para entrega que não dá para prestar conta diária no horário trabalhado. Objetos não são entregues em dia, somam-se com os demais que chegam diariamente aumentando a sobrecarga e acelerando as doenças ocupacionais/acidentes de trabalho e com isso a insatisfação dos trabalhadores. Além de tudo isso, na cidade existe vários bairros sem entrega postal, que é um direito do cidadão receber seus objetos, ficando retido na agência. Não podemos culpar os carteiros pelos atrasos das correspondências, vamos cobrar dos Correios, exigindo mais contratação e respeito aos funcionários. A solução, na visão dos trabalhadores, não está no assédio, pressão ou qualquer ordem que agridam necessidades fundamentais como tomar uma água, cafezinho ou lanche como os chefe dos Correios pensam. Para os servidores é simples: a contratação de mais trabalhadores concursados (tanto para o atendimento quanto para entrega). Só dessa forma é que acabará com a baixa qualidade dos serviços postais na cidade".

O presidente do SINTECT-PE, Rinaldo Nascimento, e o carteiro Jabson Cabral, comentaram sobre a paralisação ao Blog do Anderson Pereira. Assista aos depoimentos abaixo.
O presidente do SINTECT-PE explica o motivo da paralisação

... e comenta sobre a privatização dos Correios.

Servidor dos Correios fala sobre a ausência de política pública municipal para regularização dos endereçamentos da população


 
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