Conclusão de Centro Integrado é uma das medidas a serem anunciadas pelo governador Paulo Câmara para melhorar o sistema prisional do estado
O governador Paulo Câmara deve anunciar até amanhã um pacote com medidas emergenciais para minimizar os problemas no sistema prisional do estado. Uma das ações será a retomada das obras do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, na Mata Norte, que deve abrigar cerca de três mil detentos. As obras deveriam ter sido finalizadas em 2011, por meio de Parceria Público-Privada (PPP).
Câmara se pronunciou ontem, dias após a TV Globo apresentar flagrante de presos usando armas brancas livremente dentro do Complexo do Curado. “Já reconhecemos que os avanços dos últimos anos não foram do mesmo porte, da mesma velocidade das outras áreas. É uma área que a gente precisa cuidar com mais atenção, com mais celeridade”, disse. Sobre as obras de Itaquitinga, o governador afirmou que está “em negociação para caducidade do contrato e, para junto ao Banco do Nordeste, financiador do empreendimento, ver a possibilidade de assumirmos a retomada em um prazo curto”.
Iniciada com um ano de atraso, em junho de 2010, a obra foi gerenciada pela empresa concessionária Advance Construções e Participações Ltda, que faliu e foi substituída pela DAG Construtora - que não avançou com as obras. O custo estava avaliado em R$ 350 milhões, onde 30% seriam pagos pelo governo e 70% pela empresa privada que venceu a licitação da PPP.
Na tarde de ontem, o coronel Eden Vespaziano, que tomará posse hoje, teve encontro com o ex-gestor da pasta, Humberto Inojosa, e com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, para discutir as primeiras medidas da nova gestão. Inojosa entregou o cargo na quarta-feira alegando motivos pessoais. Eurico prometeu acabar com a entrada de armas e drogas nos presídios.
Centro Integrado de Itaquitinga
50 km é a distância em relação ao Recife
3 mil detentos será a capacidade
R$ 350 milhões de custo estimado em 2010
1,3 mil presos é a capacidade do Complexo do Curado
6 mil estão detidos no complexo atualmente
DiariodePernambuco