19 dezembro 2014

Segurança: Marinha reforça fiscalização na costa pernambucana no verão

Ao todo, 140 militares e 13 embarcações fazem vistorias nos 187 quilômetros do litoral, o que exige participação da população com denúncias

Com o aumento do número de embarcações na orla e de banhistas na praia, durante o verão, a Marinha iniciou neste sábado (13) um reforço da fiscalização no tráfego aquaviário do litoral pernambucano e da Ilha de Fernando de Noronha, para dar mais segurança à população. Até o dia 17 de março, o trabalho estará sendo realizado por 140 militares utilizando 13 embarcações sendo quatro lanchas, três motos aquáticas e seis botes infláveis, com auxílio também de veículos em terra e de cinco etilômetros. Rotineiramente, o serviço é feito por três equipes de três tripulantes.

Apesar do reforço, o efetivo ainda é pequeno para dar conta dos 187 quilômetros da costa estadual. "Procuramos atuar em pontos fixos, onde existe uma grande quantidade de embarcações, como a Corora do Avião, em Itamaracá, ou onde há uma demanda da população, cuja parceria nesse trabalho é fundamental", explica o capitão dos portos de Pernambuco, Capitão-de-Mar-e-Guerra Luiz Claudio Lazaro Dias.

Conforme o capitão, é importante que, ao observar a prática de irregularidades por alguma embarcação, o cidadão procure registrar informações. "Quem tiver um telefone celular deve fotografar ou filmar a numeração e nome da embarcação e nos enviar para que possamos investigar o caso posteriormente", salienta. Imagens podem ser encaminhada pelo email ouvidoria@cppe.mar.mil.br e as denúncias também podem ser feitas pelo telefone 3424.7111.

Nas vistorias, os inspetores navais verificam o porte de documentação, estado e lotação da embarcação e cumprimento de todas as normas de segurança, que exige equipamentos de salvatagem (coletes e boias), extintores de incêndio, luzes de navegação, entre outros.

As irregularidades podem gerar multas que variam de R$ 40,00 a R$ 3,2 mil, além de apreensão da habilitação e/ou da embarcação. Quem dirigir sob efeito de álcool acima de um miligrama por litro de ar expelido dos pulmões e até três décimos de miligrama está sujeito à multas, retenção da habilitação e suspensão do direito de conduzir a embarcação. Acima disso, será encaminhado à delegacia. Em caso de reincidência, a habilitação é cancelada. A irregularidade mais comum, contudo, é a falta de documentação da embarcação, que gera multa e apreensão do veículo.

Atualmente, estão registradas no Estado 12.052 embarcações, sendo 7.068 de esporte e recreio, 419 de transporte de passageiros 297 de apoio ao turismo, 1.889 de pesca e 2.530 motos aquáticas.

Na operação verão do ano passado a capitania inspecionou 2.709 embarcações, notificou 412 e apreendeu 13, tendo registrado um acidente com vítima fatal.

"Desde setembro estamos realizando palestras em colônias de pescadores e marinas de Igarassu, Itamaracá, Goiana e Jaboatão dos Guararapes, orientando sobre questões de segurança. Os resultados têm sido muito positivos e vamos continuar esse trabalho, mensalmente, em 2015", afirma o capitão Lazaro.

JCOnline
 
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