A alegria, a música e a dança tomaram conta da Praça da Igreja de Santo Antônio, em Buenos Aires, na última sexta-feira (12). A penúltima noite do Festival Canavial reuniu artistas e músicos de diferentes ritmos e tradições e um público de mil pessoas, em média. A festa começou às 21h e o Maracatu Rural Estrela Dourada de Buenos Aires, prata da casa, foi o responsável para esquentar o público.
Não foi tarefa difícil para o Mestre Baracinha, que há 22 anos está à frente dos maracatus entoando versos. A agremiação trouxe 30 caboclos para animar a festa e o público tomou as ruas para ver o Maracatu Rural. “Participar de um evento desse porte é muito importante para o artista, e para o brinquedo. É mais uma porta que se abre para valorizar o maracatu e para buscar mais recursos”, afirmou Barachinha.
O músico Ítalo Pay e a Zabumba Mundi se apresentaram logo depois, e seu show de ritmos pernambucanos apresentados com uma nova leitura, a sua zabumbada, agradou ao público. Uma das pessoas que estava curtindo a música era a Dona Maria das Neves Ferreira, de 58 anos. “A maneira que ele toca faz com que a gente se anime, mas também estou empolgada para ver Chico César e o ator da novela”, explicou se referindo ao cantor e ator Jackson Antunes.
O músico declara que não é fácil tocar composições que o público não conhece. “A gente procura sempre colocar alguma coisa fluente, e que o público venha junto com a gente. Mesclamos uma composição nossa e uma música mais popular. O que prende o público na musicalidade da Zabumba Mundi é realmente o ritmo, uma junção de vários tradicionais para criar um novo”, esclarece.
O Caboclinho Tupi Guarani de Buenos Aires se apresentou em seguida. Muita gente tentou se aproximar para ver a evolução dos caboclinhos. De acordo com a comerciante Edivânia Pereira, de 35 anos, a cidade de Buenos Aires gosta muito de brincar. “Eventos como esse incentiva as pessoas, diminui a violência e faz com que as pessoas conheçam a cultura”, analisou Pereira.
Essa mesma animação de ver a cultura popular continuou quando o Quinteto Violado entrou no palco, encerrando a penúltima noite do Festival Canavial. Com um repertório repleto de forró, o grupo pernambucano puxou uma grande quadrilha. Tinha casais novos, mais velhos, homem com homem e mulher com mulher. O que importava era participar da festa.
Assessoria