07 outubro 2014

Infraestrutura: Copergás está pronta para fornecer gás a Jeep, em Goiana

Foto: Heudes Regis/JC Imagem
  
Companhia investiu R$ 48 milhões na obra, que vai atender o Litoral Norte

A Companhia Pernambucana de Gás Natural (Copergás) está pronta para fornecer o insumo à fábrica da Jeep - controlada pela Fiat Chrysler - em Goiana (Zona da Mata Norte). A concessionária investiu R$ 48 milhões na construção do Ramal Norte, que se estende de Igarassu a Goiana, numa extensão de 50 quilômetros. Quando estiver em plena operação, a demanda da Jeep será de 110 mil metros cúbicos de gás por dia.

“O gás já está na porta da Fiat. Falta apenas a empresa concluir uma pequena linha interna de interligação para receber o produto. No mês passado, a montadora contratou GNC (Gás Natural Comprimido) a White Martins para fazer teste de equipamentos na fábrica. A partir do momento que começar a fazer uso contínuo do gás, a empresa passará a comparar da Copergás”, diz o diretor técnico-comercial da companhia, Jaílson Galvão. Com o início do fornecimento, a Jeep vai figurar na lista dos cinco maiores consumidores de gás natural de Pernambuco.

A construção do Ramal foi uma estratégia da Copergás para atender ao crescimento da demanda no Litoral Norte do Estado, impulsionada pela chegada de grandes empreendimentos industriais, a exemplo da Jeep, da Vivix Vidros Planos, das cervejarias da AmBev e do Grupo Petrópolis, além de outros. A construção do ramal, obra conduzida pela TecMaster Serviços Técnicos de Engenharia, foi iniciada em 2012 e concluída no mês passado.

A estimativa da Copergás é que a demanda futura no Litoral Norte chegue a 500 mil m³ de gás por dia. Só a Vivix tem um consumo de 130 mil m³, a Jeep outros 110 mil m³ e as cervejarias outros 80 mil m³ por dia. O Ramal Norte é uma interligação com o gasoduto do Nordeste (Nordestão).

INDÚSTRIA

O setor industrial tem puxado o crescimento das vendas de gás da companhia pernambucana. Dos 1,3 milhão de m³ de gás não-térmico demandado diariamente pelo Estado, um milhão (77%) é consumido pela indústria. O restante se distribui entre os segmentos de GNV (150 mil m/dia) e residencial/comercial (110 mil m³). “A Termopernambuco também vem consumido permanentemente uma média de 2,15 milhões de m³ por dia. Isso faz com que a demanda diária de gás no Estado alcance 3,5 milhões de m³ por dia”, calcula.

A projeção da Copergás é encerrar 2014 com um crescimento de 17% na venda de gás. “Tudo isso impulsionado pelo setor industrial. E essa tendência deverá permanecer nos próximos anos porque muitos empreendimentos vão entrar em operação e outros vão ampliar sua rampa de consumo”, complementa o executivo. Para 2015, a expectativa de crescimento é ainda maior, com previsão de expandir o faturamento em 20% sobre o ano anterior.

A partir deste ano, a Copergás também terá um aumento de receita impulsionado pelo início da operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo de Suape. A unidade de refino vai pagar uma tarifa à companhia para utilizar a rede de gás da concessionária para transportar o insumo até a Rnest. A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) estipulou uma tarifa provisória de 1,8 centavos de real por metro cúbico transportado. A previsão é que a refinaria comece transportando 300 mil m³ e alcance 1,9 milhão m³ quando estiver em plena operação.

Em 2015, a Copergás vai dar continuidade a seu plano de investimento, aplicando R$ 57 milhões na construção de uma ligação do gasoduto Recife-Caruaru, que vai chegar até Belo Jardim numa extensão de 50 quilômetros. A previsão é inaugurar a obra em 2016.

JCOnline
 
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