Depois de ultrapassar a marca de R$ 5,5 bilhões em faturamento em 2013, a Klabin prepara o maior salto de sua trajetória centenária. O Projeto Puma, que vai implantar uma nova fábrica de celulose em Ortigueira (PR), deve dobrar o volume de produção da empresa em dois anos. O investimento previsto é de R$ 5,8 bilhões, sem contabilizar os ativos florestais, melhorias em infraestrutura e impostos, e será o maior investimento privado da história do Paraná. A planta, que deve ser inaugurada em 2016, simboliza uma nova fase da companhia, que já é a maior fabricante brasileira de papéis para embalagem, mas quer se distanciar ainda mais dos concorrentes. A ideia é abocanhar uma fatia cada vez maior de um mercado que, no Brasil, movimenta mais de 25 milhões de toneladas de papel e celulose por ano, conforme levantamento da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).
O caminho já vem sendo trilhado – em 2013, a receita bruta da gigante paranaense cresceu 11%. “A Klabin conseguiu encerrar o ano em linha com as expectativas definidas pela empresa e pelo mercado”, avalia Fabio Schvartsman, diretor-geral da companhia. Os resultados foram impulsionados pelo início das operações de uma nova máquina de sacos industriais na unidade de Correia Pinto (SC) e de impressoras e novas onduladeiras nas plantas de Goiana (PE) e Jundiaí (SP). Outro fator favorável foi a maturação dos investimentos em aprimoramento tecnológico que a empresa realiza ano após ano. “A indústria brasileira de celulose e papel é, hoje, a que mais investe no mundo”, enfatiza Elizabeth de Carvalhaes, presidente da IBÁ.
Para 2014, as perspectivas são igualmente boas. No segundo trimestre, a Klabin alcançou um lucro líquido de R$ 243 milhões – revertendo o prejuízo de R$ 129 milhões reportado no mesmo período do ano passado. O resultado foi obtido apesar de um complicador sazonal: normalmente, é no segundo trimestre que a companhia realiza a parada programada de manutenção em Monte Alegre (PR), sua principal unidade. Para Schvartsman, o desempenho da Klabin até aqui tem sido “adequado”. “Para os próximos seis meses, continuaremos trabalhando na produção de resultados consistentes”, promete ele. O cenário deve ajudar nesse sentido: um estudo da IBÁ revela que o mercado de papéis de embalagens e cartão – uma das especialidades da Klabin – deve crescer à taxa de 2,7% ao ano até 2023.
Mesmo com as perspectivas favoráveis, a Klabin não se acomoda. A prioridade do grupo, hoje, é diversificar o portfólio de produtos. A nova unidade que integra o Projeto Puma vai produzir a celulose “fluff”, utilizada, principalmente, na fabricação de fraldas descartáveis e absorventes higiênicos – e que tem de ser importada pela maioria dos compradores brasileiros. Ao todo, contando-se também as linhas de produção de celulose de fibra longa e curta, a fábrica terá uma capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas por ano. No final do segundo trimestre, lembra Schvartsman, o site da obra contava com quase 2,5 mil trabalhadores. Mas a ideia é dobrar esse quadro até o encerramento de 2014. “A Klabin está voltada para uma mudança de patamar”, afirma ele. Com o Projeto Puma agendado para 2016, essa mudança já tem até data para acontecer.
Mesmo com as perspectivas favoráveis, a Klabin não se acomoda. A prioridade do grupo, hoje, é diversificar o portfólio de produtos. A nova unidade que integra o Projeto Puma vai produzir a celulose “fluff”, utilizada, principalmente, na fabricação de fraldas descartáveis e absorventes higiênicos – e que tem de ser importada pela maioria dos compradores brasileiros. Ao todo, contando-se também as linhas de produção de celulose de fibra longa e curta, a fábrica terá uma capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas por ano. No final do segundo trimestre, lembra Schvartsman, o site da obra contava com quase 2,5 mil trabalhadores. Mas a ideia é dobrar esse quadro até o encerramento de 2014. “A Klabin está voltada para uma mudança de patamar”, afirma ele. Com o Projeto Puma agendado para 2016, essa mudança já tem até data para acontecer.
Posição | Class. Geral | Grupo/Empresa | UF | Receita Bruta* | Variação Receita (%) |
1 | 11 | Klabin S/A | PR | 5.554,35 | 11,16 |
2 | 107 | Mili S/A | PR | 963,98 | 14,57 |
3 | 143 | GSM Adm. e Parts. S/A (Grupo Trombini) | PR | 818,57 | 9,71 |
4 | - | Celulose Irani S/A | RS | 783,00 | 25,98 |
5 | 169 | Stora Enso Ind. de Papel S/A | PR | 442,73 | 6,77 |
*Em R$ milhões. | |||||
(-) A empresa foi incluída apenas no ranking setorial. Na listagem geral, as demonstrações da Celulose Irani estão consolidadas na Cia. Comercial de Imóveis (Grupo Habitasul). |
Mais Rentáveis:
Posição | Class. Geral | Grupo/Empresa | UF | Rent. Rec. Líquida (%) | Lucro Líquido* |
1 | - | Celulose Irani S/A | RS | 11,16 | 67,41 |
2 | 107 | Mili S/A | PR | 10,83 | 79,33 |
3 | 169 | Stora Enso Ind. de Papel S/A | PR | 9,56 | 34,36 |
4 | 473 | Embalplan Ind. e Comércio de Embalagens S/A | PR | 7,76 | 5,01 |
5 | 289 | Cia. Canoinhas de Papel | SC | 7,27 | 17,88 |
*Em R$ milhões. | |||||
(-) A empresa foi incluída apenas no ranking setorial. Na listagem geral, as demonstrações da Celulose Irani estão consolidadas na Cia. Comercial de Imóveis (Grupo Habitasul). RevistaAmanhã |