A candidata à Presidência da Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, garantiu que é possível obter os recursos necessários para viabilizar os investimentos de melhoria da qualidade da saúde pública no Brasil. A afirmação foi feita durante encontro com a comunidade médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), nesta quarta-feira, 03, em São Paulo.
“Vamos conseguir os recursos para saúde aumentando a eficiência dos gastos públicos, com a criação do Conselho de Responsabilidade Fiscal, para monitorar o orçamento público, e a diminuição das taxas de juros, a redução da máquina pública e o suporte do pré-sal”, explicou. “Nosso programa de governo tem o objetivo de combater a desigualdade no acesso aos serviços de saúde, a partir da reorganização dos serviços básicos”, afirmou.
Marina lembrou, ainda, do problema da falta de leitos no País e da necessidade de garantir a universalização do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre janeiro de 2010 e julho de 2013, quase 13 mil leitos do sistema foram desativados. “É um problema que deve ser combatido com urgência, porque a população cresce e a estimativa de vida é cada vez maior”, apontou a candidata.
Após seu pronunciamento, Marina recebeu dois documentos contendo propostas para o setor da saúde no Brasil – da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas da USP e outro da Associação Médica Brasileira (AMB). Na sequência, a presidenciável atendeu à imprensa e reforçou sua disposição em destinar 10% da receita bruta da União para investimentos na saúde, a partir de uma gestão pública mais eficiente, combinada com recursos do pré-sal e investimentos em pesquisa. “Precisamos recuperar o tripé da macroeconomia: se o País voltar a crescer, teremos os recursos para a saúde”, disse.
Questionada sobre o programa Mais Médicos, do governo federal, Marina respondeu que se trata de uma medida paliativa do atual governo e que pode ser ampliada. “É uma ajuda criada em função da deficiência do serviço de saúde, negligenciado pelo governo. É um complemento, não uma solução definitiva, e que vamos trabalhar para melhorar”, disse.
Assessoria