06 setembro 2014

Economia: Pressão de todos os lados

Por Jamille Coelho

Faltando apenas um mês para as eleições, o cerco está cada vez mais se fechando para o lado da presidente Dilma, que tenta aos trancos e barrancos se reeleger. Todos os dias, a petista tem sido "surpreendido" com uma série de péssimas notícias bombardeando o desempenho econômico do Brasil. Também, uma hora ela pagaria o preço pelos sucessivos erros cometidos em sua gestão. Desde 2012 que o PIB brasileiro trava e nenhuma medida plausível foi tomada para reverter a situação. Agora, estamos em meio a uma recessão técnica, com a inflação acima da meta, a indústria, o comércio e o setor de serviços declinando, os juros nas alturas e os preços disparando. Ontem, o Fórum Econômico Mundial, lançou mais um balde de água fria na campanha de Dilma: o País perdeu uma posição no ranking global de competitividade neste ano e agora ocupa a 57ª posição de 144 por conta da ineficiência do Governo. O levantamento mostra que precisamos urgentemente fazer as reformas trabalhista e tributária o quanto antes. Como se isso não tivesse sido avisado antes.

Depois de muitos ataques, Dilma admitiu que os problemas na economia não são uma "marolinha" e que, se eleita, modificará sua equipe. Que o ministro Mantega seja o 1º da sua lista

Agora é tarde

A sucessiva alta de juros, desde 2013 quando a Selic saltou de 7,5% para 11% em abril deste ano, foi o fator que mais contribuiu para o recuo de até um ponto percentual do PIB, segundo o Ministério da Fazenda. Agora, depois do leite derramado, assessores do Governo, que defendiam, questionam se as altas não foram exageradas para combater a inflação.

Selic - Para tentar reverter o quadro, o que não é uma missão fácil pois a economia não depende apenas disso, a expectativa é de que o Banco Central mantenha a Selic em 11% ano. O banco diz que o nível atual da Selic é adequado. Mas adequado para quem? Porque o consumidor não aguenta mais pagar pela falta de pulso do Governo com a economia.

FolhaPE
 
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