Entrega de material foi acompanhada por Guy Bruere (fundo), gerente de Plasma e Hemoderivados da Hemobrás
Seguindo os preceitos da sustentabilidade, que fazem parte da missão da Hemobrás, a estatal doou, na manhã desta sexta-feira (4/7), dezenas de equipamentos de informática ao Centro Marista Circuito Jovem (CMCJ), um projeto social de tecnologia da informação, que atua no bairro de Apipucos, Zona Oeste do Recife. No total, foram 39 CPUs e 35 monitores, que serão recondicionados pelos cerca de 300 jovens atendidos pela entidade e, em seguida, repassados para outras instituições.
O gerente de Plasma e Hemoderivados da Hemobrás, Guy Bruere, enumerou as dificuldades em vencer os trâmites legais para a doação, mas adiantou que, a partir de agora, o caminho está pavimentado para outras ações de responsabilidade social desse tipo. “Foi necessário formalizar a doação ao Ministério da Saúde, que nos repassou as máquinas em 2010, e formar uma Comissão de Descarte, com poderes para dar uma destinação ao bem público. Para chegar até aqui, o processo durou mais de dois anos, e não desistimos até conseguirmos realizar nosso objetivo”, contou.
A assistente administrativa de Logística do CMCJ, Silvana Feitoza, explica que os equipamentos vão virar material de estudo para os alunos do curso de Recondicionamento de Computadores. Para isso, irão passar por um processo de triagem e as peças que estiverem em bom estado virarão material didático, sendo consertadas em sala de aula pelos próprios estudantes. O excedente irá se transformar em insumos para área de robótica e para as aulas de artes.
Uma vez prontas, as máquinas recondicionadas serão agrupadas em kits de 11 computadores e, em seguida, doadas para outras instituições que possuam laboratórios de informática, como escolas da rede pública, bibliotecas públicas, telecentros comunitários, ONGs e projetos de inclusão digital com impacto social. A partir dessa nova doação, cada um dos equipamentos ganha um ano de garantia.
Alexandre Ananias, 32 anos, passou de aluno do CMCJ a professor em três anos. Ele mora em Paulista, Região Metropolitana do Recife, e enfrentava a viagem até Apipucos para garantir a profissionalização. O esforço rendeu bons frutos e ele foi o laureado da turma. Acabou permanecendo no centro como professor. “Agora, faço o curso superior de Sistema de Informações. Foi esse período que passei aqui que me despertou a vontade de seguir nessa área”, conta ele, que hoje ajuda outros jovens a ganhar novos conhecimentos.
“Esses computadores vão fazer parte do processo de formação de jovens de escolas públicas, beneficiar instituições que precisam e ainda damos vida nova a um material que iria apenas gerar mais lixo”, ressalta Silvana. Para ser ter uma ideia, o projeto, que deus os primeiros passos em 2009, já formou mais de cinco mil jovens e entregou 150 kits a diversas entidades.
Assessoria