11 junho 2014

Goiana: Vereadores derrubam pedido de Impeachment do prefeito Fred Gadelha

Mesmo diante das denúncias apresentadas pelo vereador Zilde Barboza e da pressão popular, os vereadores se negaram a exercer o princípio básico para um legislador, que é fiscalizar o Executivo, apurar denúncias. Por 8 votos a 6, o pedido de Impeachment do prefeito Fred Gadelha foi negado. O vereador Zilde Barboza teria apresentado uma denúncia com mais de 70 páginas, na sessão passada. A denúncia precisava ser acatada e só então uma comissão seria formada para apurar as denúncias.

Os vereadores Ana Silveira, Amanda Gomes, André Ferreira, Bruno Salsa, Laercio Melo, José Ramilson (Ramilson Cabelereiro), Josemar Leite e Valdete Cruz, votaram contra a denúncia. Os demais teriam acatado. Apenas os vereadores Arnaldo Compensado, Beto Gadelha, Eduardo Batista, Olga Sena e Zilde Barboza se posicionaram a favor do pedido feito pelo vereador. Apesar de votar a favor, a vereadora Paula Monteiro (Joca), não se posicionou.

Em seu discurso o vereador Zilde Barboza ressaltou vários pontos da denúncia. Ele falou dos R$ 9 milhões do custo com a coleta de lixo da cidade, sendo que a cidade continua suja. Zilde lembrou dos gastos com o São João 2014, que deve custar mais de R$1 milhão, e mesmo assim a Prefeitura não paga os direitos dos professores.

Entre os pontos questionados pelo vereador estão a regulamentação do plano diretor para a cidade transformada em polo industrial na Mata Norte com a chegada da Hemobras e das obras da Fiat. No entanto, as principais denúncias estão relacionadas a recursos municipais. “Temos problemas na locação de transporte escolar, que passou de R$ 130 mil para R$ 324 mil, uma licitação que foi vetada pelo Ministério Público e vem acontecendo irregularmente por dispensa. A licitação de combustíveis também. Na empresa que ganhou, o litro era R$ 0,20 mais barato, mas o prefeito tornou o processo sem efeito e hoje paga mais caro no cartão”, acusa.


Para Zilde Barbosa, o problema maior está na Saúde. “Temos alto valor comprado, mas faltam medicamentos e material médico-hospitalar e odontológico nos postos”, denuncia. Segundo o vereador, foram destinados R$ 10 milhões para a pasta no ano passado, porém o problema nas unidades de saúde persiste.

Na galeria, muita gente. Foi uma sessão tumultuada. Alguns com faixas com dizeres como “R$ 11 milhões em Software? E para Educação são quantos?”. Do lado de fora, viaturas da Polícia Militar e da SESTRAN faziam o controle do local. 
 
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