Programa do Sebrae e governo federal vai estimular até micronegócios com montadora
Um novo programa vai incentivar a participação do maior número possível de pequenos e microempresários como fornecedores do polo automotivo da Fiat, em construção em Goiana. A iniciativa na verdade é nacional e tem foco nas montadoras que estejam ampliando ou implantando fábricas dentro do novo regime automotivo – que em 2013 trouxe benefícios fiscais para o setor em troca de exigências, como um mínimo de 65% de nacionalização de peças e serviços. A ideia é primeiro fazer convênios com as companhias, depois mapear oportunidades de negócios e, em seguida, elaborar formas de inserção dos empresários.
A missão é muito mais trabalhosa do que parece à primeira vista. No setor naval e na Refinaria Abreu e Lima, por exemplo, houve um número baixo de inserção de empresas locais, porque as exigências de certificação e qualidade são muito rigorosas.
Foi exatamente pensando nessa dificuldade que o programa para a indústria automotiva foi criado, fruto de um convênio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O programa terá vigência de três anos, mas para sair do papel é preciso amarrar bem com as gigantes automobilísticas, que arcarão com 30% dos recursos.
“Entramos agora na fase de dialogar com as montadoras tendo em vista projetos específicos, a partir do mapa de demanda de cada grande empresa. No momento, estamos em fase de negociação com a Fiat”, afirma o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. A entidade pretende concluir o diagnóstico da Fiat e de outras oito montadoras em um ano, para então capacitar os pequenos negócios em gestão, inovação e sustentabilidade.
CANAL
A Fiat criou um site sobre o andamento do que ela chama Projeto Pernambuco. No endereço – programapernambuco.fiat.com.br, sem o “www” –, a montadora criou uma área específica, “seja um fornecedor”, mas que, por enquanto, tem apenas a mensagem “em breve, cadastre sua empresa aqui”.
Desde o anúncio da instalação da Fiat em Goiana, a empresa divulga o conceito de “pernambucanização”, nos moldes do que ocorreu em Betim, Minas Gerais, onde o grupo italiano desembarcou, há 36 anos. A “mineirização” foi a atração de empresas para o Estado mineiro. Em 1990, somente 20% do gasto anual da Fiat ia para fornecedores próximos à fábrica de Betim; em 2010 o percentual subiu para 70%.
Em Goiana serão 12 mil empregos e R$ 7 bilhões investidos no polo, composto por 16 fábricas. As indústrias vão movimentar áreas como autopeças, metalurgia, vidros, elétrica e eletrônica, software, logística e marketing, entre outros.
JCOnline
Um novo programa vai incentivar a participação do maior número possível de pequenos e microempresários como fornecedores do polo automotivo da Fiat, em construção em Goiana. A iniciativa na verdade é nacional e tem foco nas montadoras que estejam ampliando ou implantando fábricas dentro do novo regime automotivo – que em 2013 trouxe benefícios fiscais para o setor em troca de exigências, como um mínimo de 65% de nacionalização de peças e serviços. A ideia é primeiro fazer convênios com as companhias, depois mapear oportunidades de negócios e, em seguida, elaborar formas de inserção dos empresários.
A missão é muito mais trabalhosa do que parece à primeira vista. No setor naval e na Refinaria Abreu e Lima, por exemplo, houve um número baixo de inserção de empresas locais, porque as exigências de certificação e qualidade são muito rigorosas.
Foi exatamente pensando nessa dificuldade que o programa para a indústria automotiva foi criado, fruto de um convênio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O programa terá vigência de três anos, mas para sair do papel é preciso amarrar bem com as gigantes automobilísticas, que arcarão com 30% dos recursos.
“Entramos agora na fase de dialogar com as montadoras tendo em vista projetos específicos, a partir do mapa de demanda de cada grande empresa. No momento, estamos em fase de negociação com a Fiat”, afirma o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. A entidade pretende concluir o diagnóstico da Fiat e de outras oito montadoras em um ano, para então capacitar os pequenos negócios em gestão, inovação e sustentabilidade.
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A Fiat criou um site sobre o andamento do que ela chama Projeto Pernambuco. No endereço – programapernambuco.fiat.com.br, sem o “www” –, a montadora criou uma área específica, “seja um fornecedor”, mas que, por enquanto, tem apenas a mensagem “em breve, cadastre sua empresa aqui”.
Desde o anúncio da instalação da Fiat em Goiana, a empresa divulga o conceito de “pernambucanização”, nos moldes do que ocorreu em Betim, Minas Gerais, onde o grupo italiano desembarcou, há 36 anos. A “mineirização” foi a atração de empresas para o Estado mineiro. Em 1990, somente 20% do gasto anual da Fiat ia para fornecedores próximos à fábrica de Betim; em 2010 o percentual subiu para 70%.
Em Goiana serão 12 mil empregos e R$ 7 bilhões investidos no polo, composto por 16 fábricas. As indústrias vão movimentar áreas como autopeças, metalurgia, vidros, elétrica e eletrônica, software, logística e marketing, entre outros.
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