Agência estadual volta a inspecionar costa pernambucana, fazendo fotografias panorâmicas para verificar construções irregulares e a erosão dos últimos seis meses
Técnicos da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) estão fazendo monitoramento aéreo nos 187 quilômetros da costa pernambucana, desde São José da Coroa Grande, no Litoral Sul, até Goiana, no Litoral Norte, para identificar ocupações irregulares à beira-mar e outros problemas ambientais, como erosão marinha ou acumulação de sedimentos. Foi o segundo sobrevoo realizado nos últimos seis meses. O helicóptero é da Secretaria de Defesa Social e o trabalho conta com apoio da Secretaria Especial da Casa Militar.
Segundo a analista ambiental da CPRH Deise Rodrigues, que participou dos dois sobrevoos ao lado de dois colegas, as 1.072 fotografias panorâmicas, feitas na semana passada, serão comparadas com as 1,2 mil tiradas seis meses atrás. "Vamos montar um mosaico e fazer uma análise criteriosa dos dados para verificar as mudanças e tomar as medidas de controle ambiental, pertinentes a cada situação", explica.
Embora os resultados só devam ser divulgados daqui a dois meses, Deise Rodrigues adiantou algumas impressões do último monitoramento. Ela revelou que o impacto causado no meio ambiente por atividade humana (pressão antrópica) é maior no Litoral Sul do que no Norte. "Há muitas construções suspeitas no Paiva, Gaibu e Porto de Galinhas e muita especulação imobiliária também", relata.
JCOnline