A Fiat solicitou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais um financiamento para o projeto da fábrica que está sendo construída em Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana. A carta-consulta foi enviada no mês de dezembro. Como ainda está em análise pela instituição financeira, o valor não é divulgado. O que se sabe é que o montante será aplicado na construção do segundo parque de fornecedores da empresa (sistemistas), que será erguido em um município vizinho a Goiana.
A princípio, o Supply Park 2, como é conhecido o parque de sistemistas, abrigaria 40 empresas fornecedoras da Fiat. Inicialmente, seria erguido em um terreno de 110 hectares localizado em Igarassu. Porém, a montadora italiana estuda a instalação do projeto em uma área com características similares em Itapissuma, município que está recebendo novos projetos industriais como três fábricas de cerveja.
Enquanto define o destino dessas empresas e aguarda o aval do BNDES, a Fiat inicia a construção do Supply Park 1, primeiro parque de sistemistas, que será formado por 14 empresas. Elas atuarão no fornecimento just in time de autopeças, localizando-se no terreno de 1,4 mil hectares onde a fábrica será implantada. As obras tiveram início nesta semana. O primeiro parque de sistemistas receberá plantas industriais da Denso Brasil (fábrica de auto-peças e componentes automotivos), Aethra Sistemas Automotivos, Adler PTI (que produz plásticos para o setor), Lear Corporation, Pirelli (indústria de pneus) e Magnetti Marelli (que produz sistemas para uso de automóveis).
O polo automotivo em implantação em Goiana terá investimento da ordem de R$ 7 bilhões, incluindo o valor aplicado pelas sistemistas. A unidade terá capacidade de construir 250 mil veículos por ano. O polo automotivo contará com uma fábrica de motores, com capacidade para produção de até 120 mil unidades ao ano. A previsão é de que a construção do parque seja concluída ainda neste ano, para que a produção dos veículos tenha início em 2015. Todo o polo irá gerar 12 mil empregos.
Cerca de 75% do valor total do projeto virão de linhas de crédito de bancos oficiais. Caso aprovado, o novo pedido feito ao BNDES será o segundo desembolso a ser liberado pelo banco para a unidade de Pernambuco. Em janeiro do ano passado, a instituição financeira aprovou financiamento no valor de R$ 2,4 bilhões para a construção da nova fábrica.
Fonte: Diario PE