Por Jamile Coelho
Coluna Folha Econômica\FolhaPE
O prefeito de Goiana, Fred Gadelha, declarou, por meio de nota, que “nunca falou que a Fiat é um presente de grego”, como afirmou esta coluna na última sexta. Ele acrescentou que em seus discursos e entrevistas sempre fala da “importância da montadora para o município e que é preciso aproveitar a oportunidade”. É, prefeito, mas nos bastidores - reafirmo - o que se escuta são outras coisas.
Desafio - Pela milésima vez, o prefeito Fred Gadelha lembrou, que “o desafio é conseguir fazer, o que outras gestões, não cuidaram em fazer, que é preparar o município para receber os empreendimentos estruturadores”. Bom saber que ele está ciente de que as gestões passadas, são passadas e que cabe à sua administração colocar os pontos nos “is”.
Modelo de gestão deve ser repensado
Já não tem mais graça ouvir o 'chororô' dos prefeitos, que reclamam de falta de verba, cortes nos orçamentos e dívidas com o Cauc (em Pernambuco são 136 municípios), que inviabiliza os convênios com os programas federais. Agora, prefeitos, as máquinas estão inchadas, isso é fato, e nenhum dos comissionados são qualificados para preparar um bom projeto de captação? As prefeituras estão no vermelho porque, infelizmente, os interesses políticos prevalecem e os da população ficam em segundo plano.
Nesta segunda(2), durante o Encontro de Prefeitos com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, em Gravatá, em vez de pegar informações e aproveitar os estandes dos ministérios para fechar convênios, os prefeitos foram lá para falar mal do Governo Dilma e, depois, dispersaram. Isso porque a prioridade era defender o governador Eduardo Campos ou a presidente Dilma e pronto. Já passou da hora dos senhores repensarem seus modelos de governança e de priorizar o interesse público.
O PAC é uma saída para atrair investimentos em saneamento, habitação e mobilidade. Mas cadê a iniciativa, já que não precisa estar em dia com o Cauc para emplacar uma proposta?