02 novembro 2013

Parceria Público-Privada: Cidade Saneada mapeia futuras intervenções

PPP firmada entre Compesa e Foz já tem levantamento macro dos serviços que devem ser feitos

Os estudos preliminares do programa Cidade Saneada foram concluídos. As 14 cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) e Goiana, na Zona da Mata Norte, já possuem visão geral das futuras intervenções. O programa prevê coletar e tratar 90% do esgoto das 15 cidades por meio de parceria público-privada (PPP) entre Compesa (agente público) e Foz (agente privado), um contrato de R$ 4,5 milhões.

“O Master Plan, como é chamado o levantamento macro da região, inclui toda a cidade de Goiana, antes atendida parcialmente”, contou o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Os projetos executivos já estão em elaboração, começando por Paulista, São Lourenço e pelo bairro de Jardim São Paulo, no Recife.

Ontem, foi apresentado o balanço do mutirão dos 100 primeiros dias de atividade do programa, que previa resolver e zerar o estoque de 2,7 mil solicitações de atendimento pela comunidade, principalmente da RMR. “Foram investidos mais de R$ 60 milhões em ações, com 10,3 mil atendimentos. Apenas 800 chamadas do pacote em estoque foram solucionadas por serem pontos críticos em áreas de reincidência de problemas de obstrução de esgoto, por exemplo”, explicou o diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barretto. “Conseguimos avançar e atender a cerca de 9,5 mil novas chamadas em até 48 horas”.

Parte da celeridade na resolução de problemas é creditada à aquisição de equipamentos como o SeeSnake, sete máquinas ao custo de R$ 70 mil cada, adquiridas para redução de transtornos e melhor eficácia nas intervenções. “Uma câmera é levada por dentro da tubulação sem precisar quebrar nada em uma via. Quando é visualizada qualquer obstrução, é possível ter a localização exata do problema. Isso provoca intervenções mais inteligentes e menos transtornos nas ruas”, explicou o presidente da Foz, Pedro Leão.

A Compesa vai intensificar as fiscalizações e aplicações de multas para os estabelecimentos comerciais que não possuem caixas retentoras de gordura ou que não realizam as manutenções periódicas. “Durante os 100 dias, 60% dos problemas encontrados estavam relacionados ao assunto. Quando a gordura não é retida por essas caixas e alcança a rede, ela se torna rígida e pode obstruir por completo a tubulação”, disse Ricardo Barretto. O foco das ações serão bares, restaurantes, padarias, shoppings e lanchonetes, onde há produção de alimentos em larga escala. A multa é duas vezes o valor da conta de esgoto do causador do transtorno. Em caso de reincidência, será quatro vezes o valor.

DiárioPE
 
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