12 novembro 2013

Indústria automotiva: Fábrica da Fiat em Goiana começa a receber maquinário

Uma distância de 60 quilômetros separa o Porto de Suape de Goiana, cidade da Zona da Mata Norte pernambucana onde está sendo construída a unidade pernambucana da Fiat. É justamente esta a distância que precisa ser percorrida pelas carretas que transportam as linhas de prensas, considerado o coração da fábrica. O equipamento chegou ao estado em dois navios. O primeiro deles, desembarcou em setembro. O segundo, na última quarta-feira (6). Juntos, eles trouxeram quase dois mil volumes. Todos estão sendo levados a Goiana.

As prensas são a parte da fábrica que transformam as chapas de aço em peças da carroceria do veículos. Os equipamentos são grandiosos e variam de 100 quilos a 130 toneladas. É por isso que o transporte precisou ser bastante discutido. Ao todo, serão mais de 300 viagens, que só devem ser finalizadas em janeiro. A ida para Goiana teve início no último dia 16 de outubro, quando começaram o transporte das carretas convencionais, de 18 metros.

Todo o transporte está sendo realizado pela pernambucana Saraiva Equipamentos. São 35 funcionários envolvidos na operação. A ida até Goiana dura em média uma hora e 30 minutos, sendo sempre realizado pela PE-60 e pela BR-101. No caso do transporte das cargas maiores, a viagem é mais longa, já que a velocidade precisa ser reduzida e sempre acompanhada pela Polícia Rodoviária Federal.
Os equipamentos maiores só começaram a seguir esta semana. Neste caso, são dois tipos de operação: o primeiro deles é o transporte das cargas hidropneumáticas. O equipamento transportado possui entre 3,20 metros e 4 metros, pesando de 40 toneladas a 64 toneladas. As carretas que estão realizando este transporte têm 25 metros de comprimento. Para este tipo de operação, a carreta segue com um carro de escolta da Saraiva, que o acompanha por todo o percurso, sinalizando os demais veículos na pista.

A carreta de 25 metros transportava um equipamento de 40 toneladas. Aos olhos dos transeuntes, era uma carga normal. Mas não era tão simples. O peso da carga e alguns problemas da via foram alguns entraves.

Durante todo o percurso, a carreta foi escoltada por uma equipe da Saraiva. Isso acontece para, além de sinalizar para os demais veículos o tipo de operação, auxiliar o motorista em emergências. Nossa equipe presenciou uma delas: ao fazer uma curva na BR-101, a lona que cobria o equipamento foi rasgada, deixando a peça à mostra. O motorista teve que parar o veículo e realizar novamente a amarração, evitando danos. Apesar do intenso movimento na BR, o motorista não enfrentou trânsito e os buracos da via também não se tornaram entraves.

Na última quinta-feira (7), iniciaram o transporte das carretas de 30 metros que pesam 85 toneladas e suportam carga de  até 129 toneladas. Essas cargas precisam seguir com escoltamento da Polícia Rodoviária Federal. Serão necessárias oito viagens desse tipo.  Diferentemente do que havia sido planejado antes, quando se dizia que a viagem seria sempre à noite, a operação está sendo realizada à luz do dia.

Nesta segunda-feira (11), foi transportado um dos maiores e mais pesados componentes da primeira linha de prensas destinadas à fábrica que está em construção no Polo Automotivo de Goiana. O transporte mobilizou uma carreta hidropneumática com 12 eixos e 96 rodas. O equipamento é o maior dos caminhões que estão fazendo a operação de transporte das prensas.

A linha de prensa é composta de cerca de mil componentes e as partes indivisíveis têm pesos entre 61 e 85 toneladas cada uma. A prensa Komatsu HTL é um equipamento de alto desempenho e potência, capaz de produzir até 16 golpes por minuto, com um impacto de 2,5 mil toneladas. O deslocamento aconteceu com apoio de escolta da Polícia Rodoviária Federal. O equipamento  saiu do Porto de Suape e seguiu pelas rodovias PE- 60 e BR-101 a uma velocidade média de 40 km/h.

Quando estiver operando, a prensa receberá a chapa de aço, que sendo furada, moldada e cortada. Esse processo dará forma às peças que formam a carroceria dos veículos. Todo o processo logístico, iniciado com os equipamentos menores desde o último mês de outubro, envolve cerca de 300 viagens rodoviárias, com destaque para a utilização de veículos especiais em 80 delas.

Fontes: DiárioPE e JC
 
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