Divisa entre Pernambuco e Paraíba ficou totalmente fechada pelo protesto. Manifestantes bloquearam os dois sentidos da via na altura do quilômetro 3.
O fluxo de veículos na BR-101, próximo à divisa entre Pernambuco e Paraíba, foi liberado no fim da tarde desta quinta-feira (10) após cerca de oito horas de protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes bloquearam os dois sentidos da via na altura do quilômetro 3.
A liberação ocorreu após intervenção do Ministério Público Federal na Paraíba (MPF). Também participaram da negociação representantes da PRF, unidades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Pernambuco e Paraíba, governos da Paraíba e Pernambuco e Assembleia Legislativa da Paraíba.
Segundo o procurador da República João Bernardo da Silva, que conseguiu chegar ao local do congestionamento em helicóptero da PRF, os manifestantes alegaram duas razões para o protesto: cobrar punição para os policiais que teriam invadido o assentamento Wanderley Caixe, localizado no município de Caaporã, e reivindicar a suspensão da ordem de reintegração de posse das terras da Usina Maravilha.
Segundo os assentados, a ordem de reintegração foi concedida pelo juízo da comarca de Pedras de Fogo, no Litoral Sul da Paraíba. Além disso, os manifestantes pediram providências concretas para a desapropriação das terras e respectiva distribuição entre os assentados.
Durante a negociação, ficou acertado que o Governo e a Polícia Militar de Pernambuco tomarão providências para investigar e punir eventuais abusos cometidos pelos policiais que invadiram o assentamento. Também ficou decidido que na segunda-feira (14), os representantes dos órgãos presentes na negociação vão se reunir com o juiz da comarca de Pedras de Fogo para apresentar o encaminhamento das questões e tentar adiar ou cancelar a reintegração de posse. Ainda ficou acertado que na quinta-feira (17), às 14h, os órgãos negociadores se reunirão na Procuradoria da República na Paraíba, na capital, para agilizar o processo de desapropriação das terras ocupadas pelos assentados.
Com informações do G1