O delegado afirmou no relatório que a corrida, realizada na rua, não tinha condições mínimas de segurança
A Delegacia de Carpina concluiu o inquérito policial sobre a morte do empresário e competidor amador Fernando Antônio Lopes Leite Filho, de 32 anos, em junho. Os dois organizadores da corrida foram indiciados por homicídio culposo e estelionato. O inquérito segue para o Ministério Público.
O relatório do delegado Hilton Lira informa que o evento foi realizado sem condições de segurança e essa foi uma das causas do acidente envolvendo Fernando Antônio. Outros acidentes de menor porte teriam acontecido antes. Por isso, Adevângino da Silva Bastos, 45, e Edilson Pedro da Silva, 40, foram indiciados por homicídio culposo.
Como os dois tiveram lucro financeiro com a corrida clandestina, também foram indiciados por estelionato. Os dois organizadores não eram licenciados pela Federação Pernambucana de Automobilismo (FPA) para promover eventos de velocidade.
Durante as investigações, cerca de 20 pessoas, entre organizadores, competidores, patrocinadores, representantes da Prefeitura de Carpina e da FPA foram ouvidas. Resultados de perícias e imagens gravadas do local também foram usados como prova.
O ACIDENTE - O empresário e corredor amador perdeu o controle do kart na saída de uma curva e foi arremessado para fora do carrinho, passando por cima dos pneus de proteção e se chocando contra um poste às margens do circuito de rua. Por muito pouco, espectadores também não se machucaram. Fernando faleceu no Hospital de Carpina, cerca de uma hora após o acidente, vítima de ataque cardíaco. Dono de uma revenda de carros usados no Recife, ele deixou a esposa, Luciana, grávida, e uma filha de apenas 2 anos.
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