Diversas cidades da Zona da Mata do Estado também estão sofrendo com a epidemia de Doença Diarreica Aguda (DDA), conforme o último informe epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde do Estado (SES). A doença está relacionada à água contaminada com vírus e bactérias que podem causar hepatite A, vômitos, disenteria e, mais grave, problemas como falência dos pulmões por necrose. Goiana, São Vicente Férrer e Macaparana são algumas das atingidas. Fazem parte da 12ª Regional de Saúde (Geres), que apareceu, no último boletim da SES, entre as cinco com maior proporção de municípios em zona epidêmica (60%).
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde de Macaparana, Camila Guerra, o município passou por uma crise maior entre abril e junho, quando pediu à SES o envio de hipoclorito para desinfecção da água consumida. O Estado informou que não possuía o produto e só há poucas semanas realizou o repasse. O Recife também viu o número de casos aumentar em 12% em relação ao ano passado.
“De janeiro até 12 de julho, foram 1.372 casos. Somente em junho, 432 pessoas procurando serviço médico. O normal é entre 30 a 50 por semana”, diz Camila Guerra. Levando em consideração o número mais alto, a média ficaria em 200 pessoas com DDA ao mês (o que é um número bastante alto). Em junho, a quantidade de doentes mais que dobrou. A coordenadora disse que, na fase crítica, sem material para limpar a água, lançou mão dos agentes de endemias, que visitaram casas e esclareceram sobre a limpeza de caixas-d’água e outros reservatórios. “Também informamos sobre cuidado com a alimentação e como fazer soro caseiro”, explica. A água da cidade, informa Camila Guerra, sai de São Vicente Férrer, onde há uma estação de tratamento da Compesa.
Fonte: JC Online