14 junho 2013

Saúde: Sangue coletado será submetido a testes para detecção de Aids e hepatite C por biologia molecular

Ronaldo Raymundo é doador assíduo há 23 anos. "Não só meu sangue é coletado, mas minha compaixão e atenção”

Nesta sexta-feira, 14 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. E este ano, os brasileiros têm um motivo especial para celebrar: o Ministério da Saúde publicou, no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 12 de junho, uma portaria determinando que todo o sangue coletado na rede pública do País seja submetido a um teste mais eficaz de detecção dos vírus da Aids e da hepatite C. A tecnologia utilizada será, obrigatoriamente, o Teste de Ácido Nucleico (NAT, na sigla em inglês). A mudança passa a vigorar em 180 dias.

Atualmente, apenas 25% das mais de 3,5 milhões de bolsas de sangue coletadas anualmente no País passam pelo Teste NAT – o mais usado no Brasil é o Elisa. A vantagem da nova tecnologia é poder detectar o vírus mesmo que o doador tenha sido contaminado há poucos dias, evitando a chamada janela imunológica. Essa é uma das causas principais de um resultado falso negativo, por exemplo. No caso da Aids, a janela imunológica atual, de 22 dias com o Elisa, cairá para 7 dias. Para as hepatites, esse tempo passará de 70 dias para 11 dias.

Nacionalmente, o teste NAT foi desenvolvido desde 2010, por meio de uma parceira firmada entre a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), o Instituto Carlos Chagas, o Instituto de Tecnologia do Paraná e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná.

O exame norte-americano custa cerca de R$ 140 por bolsa de sangue. A tecnologia brasileira desenvolvida pela Hemobrás possui um custo 30% inferior ao praticado pela iniciativa privada.

DOADOR – Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, a Hemobrás homenageia os (as) que fazem desse ato de solidariedade uma rotina, como é o caso do analista de Gestão Corporativa, Ronaldo Raymundo, que há 23 anos é doador assíduo. Depois de conviver com a realidade de pacientes e familiares em hospitais onde realizava ação social, ele entendeu a importância de ajudar a salvar vidas.

“Acredito que é preferível doar a ter que receber. Sempre agradeci a Deus pela boa saúde e no momento que comecei a doar não parei mais. Não é apenas o meu sangue que é coletado, é a minha compaixão, carinho e atenção”, explicou Raymundo, que sempre opta por realizar o procedimento aos sábados. “Abro mão do direito constitucional de usar o dia para descanso, para reforçar meu comprometimento e o prazer pessoal”, ressaltou.

Assessoria de Imprensa
 
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