Grandes empresas e projetos estruturadores em implantação em Goiana e São Lourenço são apontados como fatores que tornaram a Zona Oeste mais atraente
A Zona Oeste é uma das regiões que mais se expandem no mercado imobiliário do Recife. Entre os fatores que impulsionam o crescimento, as empresas do setor citam a ausência de áreas extensas nos principais bairros da cidade e o surgimento de vetores de desenvolvimento para a área, como a Arena Pernambuco e a Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, e os polos automotivo e farmacoquímico em Goiana.
Locais como Jardim São Paulo, Tejipió e Areias ganham empreendimentos de construtoras que apostam na região, que conta com transporte coletivo, serviços e a Universidade Federal de Pernambuco, mas que ainda requer investimento em infraestrutura, como ruas pavimentadas e saneamento.
O Grande Recife está recebendo uma série de grandes investimentos que estão atraindo a atenção do mercado imobiliário para a Zona Oeste da capital. É o caso do polo automotivo de Goiana e da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. O vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), André Callou, lembra que a BR-232 também é um dos fatores de atração para a Zona Oeste.
“A duplicação da BR-232 e a perspectiva do Arco Metropolitano (Arco Viário) também impulsionam a região. Há estudos no mercado que apontam para o potencial de um shopping em Areias”, indica Callou, que também é diretor da AC Cruz, responsável pelo condomínio Villa Três Lagoas Residence, com loteamentos de alto padrão em Jaboatão, a caminho do Alphaville Pernambuco 1 e 2.
A diretora de marketing da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI), Carol Boxwell, ressalta alguns fatores de atração, como terminais de ônibus, academia, escola, supermercado, metrô. A construtora entregou, em Jardim São Paulo, o Vila Jardim Condomínio Club, primeiro edifício da linha Slim.
“Como é difícil encontrar grandes áreas em bairros tradicionais, nos voltamos também para essa área.” O perfil de renda média local é de R$ 3,5 mil”, indica Carol. Hoje, um imóvel novo com 65 metros quadrados (m²) no Barro custa em torno de R$ 260 mil.
“É preciso investir em estruturas de acesso para que as construtoras possam desenvolver os projetos”, avalia o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PE), Gustavo Miranda.
JC Online