Obras da Cimentos Elizabeth em Alhandra começaram em abril
A instalação de uma fábrica de cimento na cidade de Alhandra, cidade do Litoral Sul paraibano localizada a 48km de João Pessoa, deve gerar cerca de 1.600 empregos formais e aquecer a economia da região. A Elizabeth Cimentos tem o objetivo de gerar 800 empregos na construção civil apenas durante os dois anos previstos para a construção da fábrica. Para o mesmo período, na montagem mecânica e elétrica, a intenção é empregar uma média de 400 pessoas, podendo chegar a 1.200 no último ano de obras.
Depois da inauguração da unidade, prevista para o começo de 2014, a estimativa é que a fábrica tenha 400 funcionários diretos e 1.200 indiretos. As informações são do coordenador de projetos da Elizabeth, Degmar Diniz. Segundo ele, como o grupo é paraibano, será priorizada a mão-de-obra local, principalmente das cidades de Alhandra, onde fica localizada a fábrica, e Pitimbu, onde está a jazida. “Vamos trabalhar na capacitação da mão-de-obra do povo da região e já estamos firmando parcerias com o Senai-PB [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Paraíba] e o IFPB [Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba]”, garantiu o coordenador. A previsão do grupo é que a folha de pagamento mensal seja de R$ 1 milhão.
O grupo está aguardando a licença da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que deve sair até abril, para iniciar as obras. Porém, no local já trabalham 57 funcionários preparando o terreno para receber a estrutura da fábrica, todos moradores da região.
Geilton de Santos, de 29 anos, é um deles. O jovem está na equipe desde o primeiro dia de trabalhos no terreno, no início de dezembro, e explicou que essa foi a primeira oportunidade de emprego que teve desde 2008. “Eu trabalhei cinco anos como operador têxtil em uma fábrica, mas tive que sair pra ajudar meu pai depois da morte da minha mãe. Ainda fiz alguns bicos como marceneiro, mas esse trabalho veio em boa hora, com carteira assinada”, declarou.
Assim como a maioria da população da região, a família de Geilton trabalha com agricultura e também está se beneficiando com o Mercado Agrícola instalado pelo Grupo Elizabeth na cidade. “O mercado vai dar mais valor ao nosso produto porque vamos poder vender sem intermediários”, disse o trabalhador, cuja propriedade da família cultiva produtos como inhame, batata, macaxeira e feijão.
O mercado também deve ajudar à família de Severino Filho, de 40 anos, mais conhecido como Duda, que é morador da Zona Rural de Alhandra e começou a trabalhar nos serviços gerais da fábrica de cimentos no dia 5 de março. Duda sempre trabalhou na agricultura na propriedade do pai. Com 40 anos de vida, esse emprego é sua primeira oportunidade com carteira assinada. “Sou pai de cinco filhos e essa vai ser uma grande melhora pra eles. Quero me aposentar nessa firma em nome de Jesus”, compartilhou Duda.
Para melhorar os serviços da cidade em que a fábrica será instalada, o Grupo Elizabeth vai levar um posto policial e um de saúde para Alhandra, além de reformar e ampliar a escola da região e asfaltar a estrada que liga a unidade fabril à PB-034, um trecho de cerca de 10km segundo o coordenador de projetos Degmar Diniz. O investimento total no projeto está estimado em 300 milhões e a fábrica terá a capacidade de produzir 1 milhão de toneladas de cimento por ano.
O Grupo Elizabeth recorreu à tecnologia para reduzir a quase zero a emissão de poluentes da nova fábrica no meio ambiente. Segundo Degmar Diniz, o uso de filtros de mangas, um equipamento importado da Índia, será possível retirar 99,998% dos materiais particulados da corrente gasosa. “Na questão visual eu diria que é poluição zero. Tecnicamente não existe nada zero, mas esse número está abaixo das normas mais exigentes do mundo”, revelou.
Degmar, que além de coordenador de projetos da Elizabeth também é engenheiro químico, explicou que o filtro de mangas é um exaustor em que o ar atravessa uma espécie de saco de malha com micróporos “As malhas, chamadas de mangas, são extremamente finas e as partículas ficam presas a elas. Tudo que ficar retido volta para a produção”, descreveu.
Todo o lixo produzido pela fábrica ainda deve ser reciclado e o que não puder passar pela reciclagem será coprocessado. O grupo também pretende recuperar a área e fazer um replantio de espécies de Mata Atlântica no local. “Aquela área já foi toda antropizada, a ação humana já destruiu tudo. Não queremos deixar nenhum passivo ambiental para a população e nem para a prefeitura”, disse Degmar Diniz.
Técnicos da empresa fizeram uma pesquisa de dois anos para analisar o desempenho de equipamentos de várias marcas de diferentes países para reunir as máquinas que tivessem melhor rendimento com o mínimo de lesão ao meio ambiente. Foram adquiridos equipamentos da Itália, Alemanha, Índia, Tailândia e China que já estão a caminho do Brasil.
Com essas máquinas, Degmar explicou que será possível reduzir o consumo de energia elétrica e térmica na produção do cimento. Segundo ele, o normal é que se trabalhe usando de 115 a 125 quilowatt-hora (kWh) por tonelada de cimento. A Cimentos Elizabeth pretende reduzir isso e trabalhar abaixo de 90kWh. Em relação à energia térmica, é comum que as fábricas consumam de 815 a 830 quilocalorias (kcal) por quilo de clinquer, a matéria-prima do cimento. A intenção do grupo é trabalhar com, no máximo, 750kcal.
O mercado também deve ajudar à família de Severino Filho, de 40 anos, mais conhecido como Duda, que é morador da Zona Rural de Alhandra e começou a trabalhar nos serviços gerais da fábrica de cimentos no dia 5 de março. Duda sempre trabalhou na agricultura na propriedade do pai. Com 40 anos de vida, esse emprego é sua primeira oportunidade com carteira assinada. “Sou pai de cinco filhos e essa vai ser uma grande melhora pra eles. Quero me aposentar nessa firma em nome de Jesus”, compartilhou Duda.
Para melhorar os serviços da cidade em que a fábrica será instalada, o Grupo Elizabeth vai levar um posto policial e um de saúde para Alhandra, além de reformar e ampliar a escola da região e asfaltar a estrada que liga a unidade fabril à PB-034, um trecho de cerca de 10km segundo o coordenador de projetos Degmar Diniz. O investimento total no projeto está estimado em 300 milhões e a fábrica terá a capacidade de produzir 1 milhão de toneladas de cimento por ano.
Sustentabilidade
Degmar, que além de coordenador de projetos da Elizabeth também é engenheiro químico, explicou que o filtro de mangas é um exaustor em que o ar atravessa uma espécie de saco de malha com micróporos “As malhas, chamadas de mangas, são extremamente finas e as partículas ficam presas a elas. Tudo que ficar retido volta para a produção”, descreveu.
Todo o lixo produzido pela fábrica ainda deve ser reciclado e o que não puder passar pela reciclagem será coprocessado. O grupo também pretende recuperar a área e fazer um replantio de espécies de Mata Atlântica no local. “Aquela área já foi toda antropizada, a ação humana já destruiu tudo. Não queremos deixar nenhum passivo ambiental para a população e nem para a prefeitura”, disse Degmar Diniz.
Técnicos da empresa fizeram uma pesquisa de dois anos para analisar o desempenho de equipamentos de várias marcas de diferentes países para reunir as máquinas que tivessem melhor rendimento com o mínimo de lesão ao meio ambiente. Foram adquiridos equipamentos da Itália, Alemanha, Índia, Tailândia e China que já estão a caminho do Brasil.
Com essas máquinas, Degmar explicou que será possível reduzir o consumo de energia elétrica e térmica na produção do cimento. Segundo ele, o normal é que se trabalhe usando de 115 a 125 quilowatt-hora (kWh) por tonelada de cimento. A Cimentos Elizabeth pretende reduzir isso e trabalhar abaixo de 90kWh. Em relação à energia térmica, é comum que as fábricas consumam de 815 a 830 quilocalorias (kcal) por quilo de clinquer, a matéria-prima do cimento. A intenção do grupo é trabalhar com, no máximo, 750kcal.
G1 PB